Republicano Paul Ryan considera declarações de Trump "muito infelizes"
O político do Estado do Wisconsin, que se referia às alegadas e polémicas declarações de Trump na quinta-feira, recordou que os seus antepassados eram irlandeses e considerou a imigração "uma grande história", acrescentando que os haitianos que vivem em Janesville, a sua terra natal, são "cidadãos incríveis".
Ryan fez estas declarações durante um encontro público na universidade de Wisconsin-Milwaukee.
Segundo avançaram na quinta-feira vários 'media' norte-americanos, Donald Trump usou a expressão "países de merda" para se referir a países como El Salvador, Haiti e a várias nações africanas, que não identificou, durante uma reunião com um grupo de senadores para debater as leis migratórias para os Estados Unidos.
O chefe de Estado norte-americano negou hoje ter utilizado tal expressão, mas admitiu ter usado uma "linguagem dura" durante a reunião.
A versão de Trump foi, entretanto, desmentida pelo senador democrata, Dick Durbin, que afirmou que o Presidente usou linguagem "vil e racista" no encontro.
Diversos países e organizações que consideraram uma ofensa as declarações do chefe da Casa Branca já emitiram assertivas notas de protesto.
Assim, a União Africana (UA), organização intergovernamental com 55 Estados membros, considerou que as declarações de Trump são "ofensivas" e "perturbadoras".
"Não são apenas ofensivas para as pessoas de origem africana nos Estados Unidos, mas também para os cidadãos africanos", disse à agência France-Presse Ebba Kalondo, o porta-voz do presidente da Comissão da UA, Moussa Faki.