Reportagem: Presidente da República prestou "tributo aos voluntários" em ações pelas ruas do Porto

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa~, passou a noite no Porto a ajudar duas instituições de apoio a sem-abrigo na sua missão de auxílio aos mais desfavorecidos, missão que rotulou de "tributo aos voluntários".
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Acompanhado da secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, Marcelo viajou na unidade móvel dos Médicos do Mundo até à Boavista, para, de forma privada, falar com alguns dos sem-abrigo que uma vez por semana recebem apoio médico daquela organização.

"Há aqui problemas de saúde mental, de casa e de refeição", sintetizou Marcelo Rebelo de Sousa de um grupo de pessoas "também com problemas de empregabilidade", salientando o papel do Governo na estratégia de integração dos sem-abrigo.

Para o chefe de Estado, a questão dos sem-abrigo "é um problema que se pode resolver", disse após ter assistido na unidade móvel aos cuidados de enfermagem prestados a um sem-abrigo ferido na cara.

Cláudia Joaquim lembrou as "principais medidas da nova estratégia do Governo debatidas recentemente na Assembleia da República", sobre uma realidade que "é muito transversal e em que todos os ministérios têm de estar envolvidos".

"Claro que este é um tributo aos voluntários", disse depois Marcelo Rebelo de Sousa, defendendo uma "coordenação que vá mais longe, que seja mais eficaz" e argumentando que "têm de ser as pessoas na rua a dar o seu contributo para o voluntariado".

E continuou: "não é preciso rejuvenescer o voluntariado, tanto aqui como em Lisboa, várias instituições têm no seu núcleo duro jovens, são eles a componente dominante de várias instituições".

Mais tarde, noutra zona da cidade reuniu-se à Serviços de Apoio Organizações de Maria (SAOM), também ela ativa no apoio aos mais necessitados da cidade, "fornecendo-lhes refeições e roupa" e com eles viajou nas últimas visitas da noite

Antes, teve uma longa conversa com Jorge, de 47 anos, a dormir na rua, de quem quis saber o seu estado de saúde, aconselhando-o quanto à medicação que estava a usar, procurando auxiliar a voluntária dos Médicos do Mundo a mudar a vontade do sem-abrigo de continuar a viver na rua.

Seguiu depois para a Rua Santa Catarina, onde mais um conjunto de conversas terminou com o Presidente da República a dar as três pancadas da praxe na cartola de uma estudante universitária e "selfie" com os voluntários da SAOM, aproveitando as luzes de uma das ruas mais conhecidas do Porto.

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