Renovação impediu que levassem André Silva pela cláusula de rescisão
O FC Porto esteve em risco de ficar sem André Silva antes de o mercado de transferências fechar. Segundo apurou o DN, dois clubes, um da Bundesliga e outro da Premier League, estavam dispostos a formalizar uma proposta de 25 milhões de euros pelo avançado português, precisamente o valor da cláusula de rescisão que constava no anterior vínculo.
Os interessados admitiam, numa primeira fase, negociar o passe do ponta-de-lança de 20 anos, mas perante a expectável inflexibilidade do FC Porto em vender já o seu goleador bater a cláusula de rescisão tornou-se uma séria hipótese. No entanto, sabendo que arriscava perder o camisola 10, a SAD liderada por Pinto da Costa acelerou o processo de renovação de contrato de André Silva, com as negociações a serem intermediadas por Jorge Mendes, e o vínculo ficou oficialmente fechado no sábado.
André Silva renovou por mais dois anos, até 2021, e a cláusula de rescisão sobe para os 60 milhões de euros, a segunda mais alta da história do FC Porto, só ultrapassada pelos 100 milhões de euros de Hulk.
Após ter conquistado a titularidade na reta final da temporada passada, tendo feito três golos nos dois últimos jogos oficiais (um ao Boavista, no Dragão, e dois na final da Taça, no Jamor), André Silva beneficiou do afastamento de Aboubakar do plantel para se afirmar como principal - e até única - solução para o centro do ataque da equipa treinada por Nuno Espírito Santo.
O ponta-de-lança tem correspondido com um golo por jogo - marcou ao Rio Ave na recarga a um penálti falhado pelo próprio, à Roma de grande penalidade e ao Estoril, no sábado, de cabeça - e já marca há cinco jogos oficiais, além de ter sido o melhor marcador portista na pré-temporada.
André Silva continua a ser, para já, opção única para o ataque, pois o belga Depoitre continua com problemas físicos, ao contrário de Evandro, que regressou ontem aos treinos e pode ser opção para o jogo frente à AS Roma, marcado para amanhã.
Entretanto, o FC Porto está a negociar as saídas de Bruno Martins Indi e Aboubakar para o Besiktas. O presidente do clube onde joga Ricardo Quaresma está na cidade do Porto e pretendia, inicialmente, apenas o empréstimo do avançado, mas o central holandês foi sugerido para integrar as negociações, opção que agrada às águias negras. No entanto, o FC Porto pretende recuperar parte significativa dos 12 milhões de euros que investiu nos dois jogadores.
De saída está também Brahimi, com uma proposta de França e outra de Inglaterra, enquanto Óliver vai ser nesta semana anunciado como reforço do FC Porto, restando saber se Diogo Jota também rumará ao Dragão, cedido pelo Atlético de Madrid, numa negociação também conduzida pelo empresário Jorge Mendes.