Rendeiro acusa Banco de Portugal de saber estratégia do BPP

No relatório do supervisor sobre a condenação de nove ex-gestores, o fundador do banco fala do caso pela primeira vez desde 2008.
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O "Diário Económico" escreve hoje que "é a primeira vez em cinco anos, desde que rebentou o caso Banco Privado Português (BPP), que João Rendeiro quebra o silêncio e fala, através da defesa que apresentou ao Banco de Portugal, do que se passou na instituição. O fundador do BPP foi um dos 11 arguidos, entre indivíduos e sociedades, considerados culpados pelo supervisor. Estes foram alvo de um total de 11 milhões de euros em coimas, num processo de infrações como a falsificação de contabilidade, a inobservância de regras contabilísticas e a prestação de informação falsa ao Banco de Portugal. A Rendeiro foi aplicada a coima de 1,99 milhões de euros e dez anos de inibição do exercício de funções na banca em Portugal, por conta de nove infrações especialmente graves".

Segundo o jornal, "Rendeiro defende que o supervisor (Banco de Portugal) "não só conhecia como sempre consentiu na comercialização das estratégias de retorno absoluto com garantia de capital, cujos exactos termos de comercialização eram conhecidos pelo supervisor". O BPP comercializou durante anos produtos de investimento com garantia de capital (os chamados produtos de retorno absoluto), que implicavam responsabilidades nunca refletidas no balanço.

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