Renascido Djokovic já tem 14 majors e só dois nomes à sua frente
Novak Djokovic confessou em tempos que decidiu que queria ser tenista quando, na infância, viu Pete Sampras ganhar um torneio de Wimbledon. Agora, aos 31 anos, o sérvio igualou o número de títulos do Grand Slam conquistados pelo seu ídolo, ao vencer precisamente o US Open, onde Sampras ganhou o seu último major em 2002.
Ao vencer, em três sets (6-3, 7-6, 6-3), o argentino Juan Martin del Potro - que regressava à final de um Grand Slam nove anos depois de ter vencido também o US Open -, Djokovic conquistou o segundo major da época, numa temporada de renascimento para o sérvio que incluíra já a vitória em Wimbledon e o feito de ser o primeiro a completar a coleção de triunfos nos torneios Masters 1000.
Djokovic soma agora 14 títulos do Grand Slam no currículo, com apenas duas lendas (ativas) da modalidade à sua frente neste ranking: Roger Federer, com 20, e Rafael Nadal, com 17. Djokovic partilha agora o terceiro lugar do pódio histórico com o seu ídolo Pete Sampras, ambos com 14, à frente do australiano Roy Emerson, que venceu 12 entre 1961 e 1967 (ainda antes da Era Open).
Com esta conquista, o tenista sérvio regressa ainda ao top 3 do ranking mundial pela primeira vez desde junho de 2017, quando atravessava a espiral depressiva em que se deixou cair a seguir a ter conquistado o título de Roland Garros 2016. Novak chegou a cair para fora do top20 mundial, em maio deste ano, mas voltou então a encontrar o seu melhor ténis e a motivação para voltar ao topo.
Naquela que foi a sua 23.ª final disputada em torneios do Grand Slam, um registo só superado por Rafael Nadal (24) e Roger Federer (30), Djokovic reeditou os triunfos alcançados em 2011 e 2015, em oito finais disputadas em Nova Iorque, depois de falhar a edição de 2017 por lesão e de ter sido operado no último mês de janeiro ao cotovelo, antes de regressar à competição em março.
"Este regresso bem sucedido deve-se ao apoio dos meus filhos, mulher e todos os que me são próximos e que me apoiaram nos momentos difíceis. Quando fui operado ao cotovelo é que percebi o que realmente passou o Juan Martin durante dois a três anos com várias lesões. Mas aprendemos com as adversidades e quando estamos em baixo", afirmou Djokovic, que ainda confortou o adversário argentino, em lágrimas após perder a final, e felicitou-o por "tudo o que tem feito nos últimos cinco anos, acreditando que poderia lutar pelos torneios do Grand Slam."
Nova Djokovic tem ainda mais um motivo para celebrar este regresso ao topo, já que recuperou também a liderança do ranking de jogadores com mais dinheiro ganho em torneios ao longo da carreira. O sérvio somou 3,8 milhões de dólares (o US Open atribui o maior prémio de todos os torneios do Grand Slam) à sua conta bancária e destronou Roger Federer. No total, Djokovic já ganhou 119,1 milhões de dólares, enquanto o suíço arrecadou 117,5 milhões. Rafael Nadal fecha o pódio, também acima dos cem milhões (102,3) dólares.