Renamo quer mediadores nas negociações com governo
As negociações entre a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) e o governo moçambicano, para o fim da crise política e militar no país, estão encalhadas há várias semanas, devido a desentendimentos em torno da participação de mediadores nacionais e internacionais no processo negocial.
Num comunicado enviado à Lusa, a Renamo insistiu na necessidade de as negociações contarem com a presença de mediadores nacionais e estrangeiros "idóneos e imparciais".
"Com o objetivo de acompanhar, coordenar e moderar as negociações, a Renamo propõe a indigitação de mediadores nacionais e internacionais, a serem convidados pela Renamo e pelo governo, em conformidade com os seus representantes na mesa", indica a nota de imprensa.
De acordo com o principal partido da oposição, os mediadores nacionais e internacionais devem ser personalidades de reconhecido mérito moral, idóneos e imparciais.
O movimento defende ainda a participação de observadores nacionais e internacionais, que terão a missão de fazer o acompanhamento do processo negocial.
O governo moçambicano já aceitou a participação de observadores nacionais nas negociações com a Renamo, mas recusa-se a admitir o envolvimento de estrangeiros.