Remoção de escombros prolongam-se mais uma semana

Os trabalhos de remoção dos escombros do prédio no Bangladesh que albergava diversas unidades têxteis e desmoronou no final de abril irão prolongar-se uma semana, disse hoje à agência EFE fonte oficial do Ministério do Interior.
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"Ainda há muitos cadáveres entre os escombros. Houve gente que tentou chegar aos andares mais baixos [o prédio tinha nove andares] para conseguir sair do edifício", disse Udín Khandaker, funcionário do Ministério do Interior do Bangladesh, que dirige uma investigação sobre o acidente.

De acordo com o responsável, "no prazo de uma semana ficarão concluídos os trabalhos de remoção dos escombros, espera-se que antes da próxima sexta-feira".

O edifício, onde operavam cinco fábricas de roupa que forneciam conhecidas marcas ocidentais, como a britânica Primark e a espanhola Mango, desabou a 24 de abril nos arredores da capital do Bangladesh, Daca.

De acordo com os últimos dados oficiais, o desmoronamento provocou 1.022 mortos e 2.437 feridos.

Udín Khandaker disse que, no âmbito da investigação, já foram presas dez pessoas, estando entre estas o dono do edifício, quatro proprietários de fábricas, engenheiros e peritos municipais.

"Estão sob custódia. Em princípio, serão acusados pelo menos de morte por negligência no trabalho, delito que está contemplado no Código Penal", referiu.

No dia do desabamento, estavam no interior do edifício mais de três mil pessoas.

As autoridades do Bangladesh anunciaram na quarta-feira o encerramento de 18 fábricas têxteis naquele país por razões de segurança.

Os trabalhadores da indústria têxtil já realizaram protestos a pedir punições fortes para os responsáveis pelo desastre e a exigir a melhoria das regras de segurança.

O Bangladesh é o segundo maior produtor de roupa do mundo e a indústria têxtil constitui a base da sua economia. No entanto, apresenta índices de segurança considerados chocantes e já em novembro passado 111 pessoas morreram num incêndio numa fábrica.

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