Relação condena Afonso Dias pelo rapto de Rui Pedro

O Tribunal da Relação do Porto alterou parcialmente a decisão da primeira instância e condena Afonso Dias a três anos e seis meses de prisão por rapto de menor.
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Apesar desta decisão, o suspeito do rapto de Rui Pedro, que desapareceu faz hoje 15 anos, na Lousada, continuará em liberdade, uma vez que já anunciou que vai recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça.

Rui Pedro desapareceu de Lousada faz hoje 15 anos. Tinha então 11 anos de idade.

O Tribunal da Relação do Porto deu provimento ao recurso do Ministério Público (MP) e parcialmente ao recurso da família do Rui Pedro e decidiu condenar o arguido Afonso Dias a três anos e seis meses prisão efetiva por rapto.

O advogado do arguido Afonso dias, Paulo Gomes, anunciou, por seu turno, que vai recorrer desta decisão para o Supremo Tribunal de Justiça.

O causídico dos pais de Rui Pedro, Ricardo Sá Fernandes, considerou, por seu lado, que com o acórdão de hoje é "finalmente uma boa notícia para esta família", para os pais de Rui Pedro: Filomena Teixeira e Manuel Mendonça.

"Foi ele quem seduziu um miúdo de 11 anos para ir às prostitutas", disse Sá Fernandes, acrescentando que isto "não é o fim da linha". "Só quando soubermos o que se passou com o Rui Pedro."

Sá Fernandes referiu ainda que o acórdão teve um voto de vencido do presidente da secção, que entende que o crime em causa não é rapto, mas de abuso sexual de crianças.

A decisão de hoje, que condenou o arguido a três anos e seis meses de prisão efetiva, coincide exatamente com o 15.º aniversário do desaparecimento de Rui Pedro.

O recurso decidido hoje remonta a uma decisão tomada há pouco mais de um ano - em 22 de fevereiro de 2012 - pelo tribunal de Lousada de absolver o arguido Afonso Dias, que a família de Rui Pedro acusa de ter raptado o então menor de 11 anos.

O tribunal de Lousada tinha absolvido o arguido, um camionista, por falta de provas.

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