Relação absolve médico ortopedista

O Tribunal da Relação de Coimbra absolveu um dos três ortopedistas condenados por recusa de médico. E reduziu a pena aos outros dois arguidos.
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Os médicos deixaram alegadamente um doente com uma fratura exposta durante dez horas, à espera de ser operado.

O caso remonta a maio de 2007, quando um cidadão bielorusso deu entrada no hospital de Aveiro por volta das 23:30, vítima de um acidente de viação, apresentando várias lesões no braço direito, incluindo uma fratura exposta do cotovelo.

O paciente foi observado por dois ortopedistas que decidiram encaminhá-lo para os Hospitais da Universidade de Coimbra a fim de ser submetido a intervenção plástica, mas ali chegado, cerca das 02:30, o médico que o acolheu decidiu devolvê-lo a Aveiro fundado na inexistência noturna de serviços de cirurgia plástica.

De volta a Aveiro, os dois clínicos que o tinham recebido da primeira vez decidiram novamente não realizar a cirurgia para estabilização da fratura, optando por esperar por uma nova equipa de médicos que iria entrar ao serviço de manhã, tendo o paciente sido operado apenas cerca das 09:30.

Em outubro do ano passado, o tribunal de Aveiro condenou os três ortopedistas por um crime de recusa de médico a penas de prisão de cinco e dez meses, substituídas por multas de 2.250 e 4.500 euros, respetivamente, e ao pagamento de uma indemnização de nove mil euros à vítima.

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