Reino Unido identifica caso raro de gripe aviária em humano
As autoridades de saúde no Reino Unido revelaram nesta quinta-feira (6) ter identificado um caso raro de gripe aviária numa pessoa, numa altura em que o país enfrenta o seu maior surto do vírus.
A transmissão da gripe aviária de aves para humanos é muito rara e ocorrera antes apenas um pequeno número de vezes, disse a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA).
O indivíduo infetado, no sudoeste da Inglaterra, está "bem" e auto-isolou-se, acrescentaram as autoridades. "A pessoa em causa adquiriu a infeção através de contacto muito próximo e regular com um grande número de aves infetadas, dentro e ao redor de sua casa, por um período prolongado de tempo", disse a UKHSA em comunicado.
"Todos os contatos do indivíduo, incluindo aqueles que visitaram as instalações, foram rastreados e não há evidências de propagação da infeção para mais ninguém." A agência observou que o risco da gripe aviária para o público em geral permanece "muito baixo", mas alertou as pessoas para não tocarem em aves doentes ou mortas.
A Grã-Bretanha abateu cerca de meio milhão de aves em 2021, enquanto lutava contra o que o secretário do Meio Ambiente, George Eustice, chamou de o "maior" surto de gripe aviária de todos os tempos.
Juntamente com o abate, o governo lançou novas regras, em dezembro passado, exigindo que os tratadores garantam que todas as aves em cativeiro fiquem dentro de casa e sigam medidas estritas de biossegurança para tentar conter a propagação do vírus.
No entanto, as autoridades expressaram preocupações de que as aves selvagens que migram da Europa continental durante os meses de inverno possam estar a transmitir a doença.
Gansos, patos e cisnes estão entre as espécies de aves selvagens conhecidas por terem sido afetadas, enquanto várias aves de rapina também morreram.