Regresso do lay-off antecipa confinamento

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Antecipar o que aí vem. É esta a leitura que se faz do anúncio proferido ontem, ao final da tarde, no qual o governo admitiu "um possível fecho da restauração e do comércio não alimentar" num período "contido". No final da reunião de concertação social, coube ao ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, anunciar as restrições e apelar à máxima redução de contactos para prevenir os contágios. Um apelo feito a todo o país, de norte a sul. O ministro prevê "ter um período contido [de fecho] para travar o ritmo de crescimento das infeções e internamentos com o novo coronavírus" e antecipa uma situação semelhante à de abril, com o regresso ao lay-off simplificado e com os apoios a fundo perdido reforçados. Medidas que serão fundamentais para que o tecido económico não volte a ficar ligado ao ventilador 24 horas por dia.

No verão as empresas conseguiram respirar um pouco de alívio, mas depois a procura voltou a contrair e agora, com dez mil contágios por dia e perante uma ameaça de novo confinamento, o nível de confiança dos consumidores e também dos investidores volta a ficar congelado.

Quanto às escolas, "o governo inclina-se para manter o ensino presencial mesmo durante o próximo período" de fortes restrições, afirmou o governante. Na prática poderemos regressar ao passado, mas desta vez com as escolas abertas. Ora, a decisão de manter (ainda) as aulas a funcionar em regime presencial não se prende apenas com o reconhecimento do bom trabalho realizado pelos alunos e pelos professores que, regra geral, foram exemplares na aplicação das medidas para o controlo da pandemia, mas também com a clara necessidade de manter os pais e os encarregados de educação a trabalhar e a produzir riqueza para o país. A opção de colocar as crianças em casa teria um impacto drástico na produtividade, afetando empresas privadas, instituições públicas e as contas do país.

A grande entrevista do Diário de Notícias e da TSF aos candidatos presidenciais conta, neste domingo, com Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente em exercício e candidato ao segundo mandato. É a última entrevista do ciclo das presidenciais e a primeira do candidato Marcelo Rebelo de Sousa na plataforma de rádio. Pode ler tudo aqui nas páginas do DN amanhã - e hoje um pequeno excerto - e ouvir a entrevista na TSF, a partir das 12h00.

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