Oficialmente, o banco não quis comentar a situação mas uma fonte adiantou à agência Lusa que a questão poderá ser discutida na próxima semana. Foi também descrita como "corretas" as informações veiculadas pela BBC de que o regresso depende de uma avaliação médica e dos administradores da aptidão de Horta-Osório voltar às funções de presidente-executivo. Nas palavras do editor da estação pública britânica, Robert Peston, o gestor português vai "na prática ter de se recandidatar ao emprego". .Isto, explicou, porque além de um atestado médico, os administradores querem garantias de que Horta-Osório será capaz de gerir melhor o ritmo de trabalho e de delegar tarefas noutras pessoas. "O meu palpite é que ele estará de volta no início do ano novo", indicou Peston, um jornalista conhecido pelos bons contatos e fontes no meio financeiro. O Lloyds Banking Group confirmou a 02 de novembro que António Horta-Osório, que estava no cargo há apenas oito meses, iria suspender funções a conselho médico. Fatiga por excesso de trabalho foi a causa apontada hoje pela imprensa britânica, que deu também das dúvidas de alguns accionistas sobre a capacidade para estar num cargo com tantas responsabilidades. .O diretor financeiro, Tim Tookey, foi nomeado imediatamente para ocupar a posição temporariamente. Embora o Lloyds tivesse sempre dito que esperava que Horta-Osório voltasse ao trabalho até ao final do ano apontou também David Roberts, antigo diretor do Barclays, para substituto caso a baixa se prolongasse. O banco acumulou resultados negativos de 3,9 mil milhões de libras (4,5 mil milhões de euros) nos primeiros nove meses do ano devido às provisões feitas para indemnizar clientes a quem foram indevidamente vendidos seguros. Nos próximos dias deverá também decidir a quem irá vender as 632 agências que a Comissão Europeia impôs para que aceitasse o resgate do governo britânico, forçado pela fusão em 2008 com o Halifax Bank of Scotland. O Lloyds, considerado o líder do mercado na banca de retalho, é atualmente detido em 41 por cento pelo Estado britânico.