Regime líbio aposta na resistência até ao fim
"Responsáveis líbios estão a tentar todos os recursos para neutralizar ou reduzir a vaga de sanções económicas que atinge o Governo do coronel Muammar Kadhafi", pode ler-se na edição americana do WSJ.
"A dimensão do desafio que se apresenta ao regime de Kadhafi pode avaliar-se pelo facto de a França ter reconhecido o Conselho Nacional de Transição [a oposição líbia], da União Europeia e do Governo de Berlim terem ampliado o teor das sanções não só ao regime líbio, como aos seus bancos."
No terreno, "o Governo líbio conseguiu manter sob controlo parte das suas forças militares, de forma mais eficaz do que inicialmente parecia ser possível, e as deserções parecem ter parado". A "vitória dos rebeldes é agora incerta, condicionando a NATO e os Governos ocidentais que ponderam a criação de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia".
E, tão importante quanto o resto, "as delegações líbias que andam pela Europa, segundo um diplomata ocidental, difundem a mensagem de que o Governo de Kadhafi está a tentar resolver a crise interna de forma pacífica, mas qualquer ataque da oposição a Tripoli irá resultar num massacre, porque há na cidade muitos fiéis ao líder líbio."