Recandidatura de Madaíl cada vez mais longe

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol só pode exercer mais um mandato e deverá anunciar a sua saída <br />
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A derrota do projecto ibérico terá influência decisiva na não recandidatura de Gilberto Madaíl como presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Ontem, após o anúncio da vitória da Rússia para a organização do Mundial 2018, foi um homem triste e visivelmente abatido que falou à imprensa, mas quando questionado sobre a eventual continuidade no cargo não quis abordar o tema. "Não é o momento, nem o local para falar sobre o assunto", disse.

No entanto, os próximos dias podem trazer novidades. Madaíl sabe que só poderá exercer mais um mandato, tendo em conta a limitação imposta pela nova Lei de Bases do Sistema Desportivo. Nesse contexto, tendo em conta que ainda não foram adequados os novos estatutos da FPF ao Regime Jurídico das Federações Desportivas, em vigor desde 31 de Dezembro de 2008, as eleições que deverão realizar-se no início do próximo ano seriam para um mandato necessariamente curto, uma vez que a adequação ao diploma do Governo terá depois de ser feita e, consequentemente, ter-se-á de marcar um novo acto eleitoral de acordo com as novas normas.

Assim sendo, Madaíl já não se poderia candidatar a novo mandato, pois já teria cumprido os três mandatos regulamentares.

Já por mais do que uma vez, o líder federativo tinha deixado entender que a sua prioridade era a candidatura ao Campeonato do Mundo de 2018, deixando para depois uma tomada de posição sobre a eventual recandidatura, mas a verdade é que nunca escondeu um certo cansaço e desgaste provocado por alguns problemas que tem vivido nos últimos tempos enquanto presidente federativo, relacionados pelo caso dos estatutos e da rocambolesca demissão de Carlos Queiroz do cargo de seleccionador. Assim sendo, a hora das decisões está a chegar.

O adeus de Madaíl ao cargo que ocupa desde 1996 irá abrir espaço a várias candidaturas, sendo certo que uma delas deverá ser encabeçada por Fernando Seara, actual presidente da Câmara Municipal de Sintra, que contará, ao que tudo indica, com o apoio do Benfica.

Surgem no entanto outros nomes como potenciais candidatos, casos de Carlos Ribeiro (presidente da Associação de Futebol de Lisboa), António Sequeira (vice-presidente da FPF), Hermínio Loureiro (ex-presidente da Liga) e António Laranjo (ex-director-geral do Euro 2004), que, tal como o DN já avançou, é o preferido pelo próprio Gilberto Madaíl.

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