Reabilitação do Capitólio vence Valmor 2016
O Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura, galardão que reconhece a excelência de projetos arquitetónicos da cidade de Lisboa, voltou ontem a ser atribuído, distinguindo 13 obras referentes aos anos de 2013 a 2016, período durante o qual o galardão, instituído em 1903, não foi atribuído.
Para o ano de 2013 houve quatro distinções - prémio e três menções honrosas. A obra de ampliação e nova cobertura da ETAR de Alcântara valeu aos arquitetos Frederico Valsassina, Manuel Aires Mateus e João Ferreira Nunes o segundo Prémio Valmor das suas carreiras. As menções honrosas foram para o edifício de serviços na Rua Laura Ayres, um projeto com assinatura de João Luís Carrilho da Graça, para um edifício de habitação na Rua Teófilo Braga com projeto de José Mateus e para a obra de alteração da Casa da Severa, da autoria de José Adrião.
No ano de 2014, foram distinguidos três projetos. Depois de, em 2000, terem recebido o Prémio Valmor pelo Pavilhão C8 da Faculdade de Ciências de Lisboa, Gonçalo Byrne e Falcão de Campos ganham agora o segundo Prémio Valmor das suas carreiras com a obra de alteração do Banco de Portugal, Museu do Dinheiro. Um edifício de habitação na Travessa do Patrocínio, com traço de Luís Andrade, e a recuperação e valorização do Teatro Romano segundo projeto de Daniela Ermano e João Carrasco foram distinguidos com menções honrosas.
Já em 2015 foi reconhecido o projeto de alteração dos Terraços do Carmo, o que vale a Álvaro Siza Vieira, em conjunto com Carlos Castanheira, o seu primeiro Prémio Valmor. Foram ainda atribuídas duas menções honrosas a Ana Mafalda Sequeira Batalha por um edifício de habitação no Restelo e a Paulo Mendes da Rocha, MMBB Bak Gordon e João Ferreira Nunes pelo novo Museu Nacional dos Coches, em Belém.
Por último, no que ao ano de 2016 diz respeito, coube à obra de alteração do Cineteatro Capitólio, com assinatura de Alberto Souza Vieira, receber a distinção maior. Foi ainda reconhecida a obra de alteração do Centro Comercial Caleidoscópio de Pedro Oliveira e o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), de Amanda Levete, com duas menções honrosas.
Iniciado há 115 anos, o prémio resulta da fusão, em 1982, do Prémio Valmor e do Prémio Municipal de Arquitetura, que fora criado em 1943. Atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa, agora em parceria com a Trienal de Arquitetura, tem como objetivo promover e estimular a arquitetura de excelência na cidade, sejam novas edificações, reabilitações e remodelações ou intervenções em espaços verdes.