Rasto do dinheiro confirma envolvimento do médico

Alberto Beltrán conseguiu escapar à alçada disciplinar da Federação Portuguesa de Ciclismo, porque a Liberty ludibriou os regulamentos e inscreveu oficialmente outro médico. Mas as provas documentais e o rasto do dinheiro confirmam a ligação do colombiano à equipa.
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Foi só após uma segunda reunião da equipa, com Nuno Ribeiro presente, que "os dirigentes mudaram de atitude e começaram a atribuir responsabilidades ao médico" pelos três testes de doping positivos. A própria atitude de Beltrán reforçou as responsabilidades que lhe foram imputadas por ciclistas e dirigentes da Liberty. Só Isidro Nozal conseguiu contactar o médico via telemóvel. Mais ninguém. E as notas de culpa foram recepcionadas, mas o médico não compareceu às convocatórias.

A resposta surgiu por carta, enviada do Bahrain, na qual Beltrán negou as acusações e garantiu que na época 2009 já não era médico da equipa. Alegações desmentidas por um contrato de prestação de serviços, renovado, e por várias transferências de 5000 euros para contas bancárias de Beltrán em Espanha e Suíça.

Segundo noticiou A Bola, o médico é suspeito de fraude fiscal e transferência ilegal de capitais. Mas, quanto aos crimes de doping cometidos pelo clínico, até agora nenhuma autoridade contactou Américo Silva para prestar mais declarações, garantiu o antigo director desportivo ao DN.

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