Rainha Sofia, há mais de 52 anos ao lado do rei
Sofia, de 75 anos, intensificou a sua atividade oficial nos últimos anos, sem se esquecer de dedicar algum tempo também à família real, especialmente após as intervenções cirúrgicas do rei.
Após 52 anos de casamento com o monarca, a rainha ocupa um papel relevante, acompanhando Juan Carlos nos atos constitucionais em que a sua presença e requerida, e por vezes individualmente.
Primogénita do rei Pablo da Grécia, casou no dia 14 de maio de 1962 em Atenas com Juan Carlos, tendo desta união três filhos: a infanta Elena, em 1963, Cristina, em 1965 e Felipe, em 1968, que é desde 1977 o príncipe das Astúrias.
Após a acusação de Iñaki Urdagarin, marido de Cristina, no caso de corrupção Nóos e a viagem de caça do rei ao Botswana, na sequência da qual surgiram polémicas fotografias de Juan Carlos junto ao cadáver de um elefante, a rainha tem-se esforçado por demonstrar o seu lado de mãe e avó.
Sofia tem também procurado patrocinar entidades de solidariedade, assim como de promoção de cultura.
Já esteve em 34 países em 17 anos e o seu principal compromisso é com a Fundação Rainha Sofia, entidade a que preside desde 1977 e com uma atividade que cresce todos os anos.
Durante os últimos 20 anos à frente da Fundação, tem promovido projetos educativos, sanitários e humanitários para ajudar crianças, adultos, imigrantes e incapacitados na península Ibérica, África e Médio Oriente, mas também em Espanha, onde nos últimos anos tem oferecido um apoio crescente aos mais afetados pela crise económica.
No ano passado, esteve em Lisboa para uma conferência internacional sobre crianças desaparecidas e exploradas sexualmente e foi a Nova Iorque para receber o prémio Roosevelt.
Sofia teve que viver no exílio quando era criança, durante cinco anos, de 1941 a 1946, e conheceu Juan Carlos em 1954 durante um cruzeiro pelas ilhas gregas com outros membros da realeza europeia.
O rei espanhol, Juan Carlos de Borbón y Borbón, 76 anos, anunciou hoje a sua vontade de entregar a coroa ao filho, Felipe, depois de um reinado de 39 anos, um dos mais longos da história, para dar a vez a uma nova geração "que reclama um papel de protagonismo".
O chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, anunciou a realização, na terça-feira, de um Conselho de Ministros extraordinário para cumprir os trâmites da Constituição, esperando que em breve as Cortes possam proceder à proclamação de Felipe de Borbón, que reinará como Felipe VI.