Rainha Beatriz com a vida do filho nas mãos
O estado do irmão do príncipe Guilherme de Holanda tem-se mantido inalterável desde fevereiro passado. "Os danos cerebrais depois de permanecer mais de 20 minutos soterrado na neve, para além da meia hora de reanimação, são extensos, irreversíveis e o seu alcance é desconhecido", afirmou uma fonte ligada ao Hospital Universitário de Innsbruck, onde o príncipe está internado.
Friso mantém-se clinicamente morto, permanecendo com atividade cardíaca ligado à máquina. Apesar das possibilidades de recuperação serem mínimas, a família real holandesa nunca perdeu a esperança, transferindo o príncipe para o Hospital de Wellington, em Londres, detentor de uma unidade especializada em problemas neurológicos, apenas duas semanas após o incidente. Para visitarem diariamente o príncipe, a sua mulher Marbel e as duas filhas Luana e Zaria mudaram-se para a capital britânica.
Outra das razões da transferência do príncipe prende-se com o facto de que na Holanda os médicos não o teriam mantido tanto tempo em coma, segunda afirma o doutor Erwin Kampanje, especialista em Ética médica na Universidade de Roterdão. Na cidade natal de Friso, qualquer tratamento médico é considerado ineficaz, se não existem estímulos de respiração nem de reativação do cérebro.
Pelas razões mencionadas, Beatriz de Holanda, a família real e os médicos de Friso, estão neste momento a ponderar a possibilidade de desligar as máquinas.
Recorde-se que a 17 de fevereiro, o príncipe foi vítima de um acidente que envolveu uma avalanche, enquanto esquiava nos Alpes austríacos.