No texto, colocado no sítio da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BES explicitou que detinha 2,1 mil milhões de euros acima do rácio mínimo regulamentar. A informação é relativa a 31 de março de 2014. .A instituição comprometeu-se ainda "a não aumentar a exposição total ao Grupo Espírito Santo". .O BES adiantou, na comunicação à CMVM, que está a aguardar "a publicação do plano de reestruturação do Grupo Espírito Santo, com vista a poder estimar potenciais perdas associadas à exposição ao Grupo Espírito Santo". .Em todo o caso, a comissão executiva do banco asseverou que as potenciais perdas resultantes da exposição ao GES "não põem em causa o cumprimento dos rácios de capital regulamentares". .Esta exposição, datada de 30 de junho de 2014, está particularizada no comunicado, totalizando 1,182 mil milhões de euros em ativos -- essencialmente créditos (719 milhões) e aplicações e disponibilidades em instituições de crédito (358 milhões) -- e 57 milhões de euros em garantias. .A maior exposição é à Espírito Santo Financial Group (ESFG) e bancos, no total de 927 milhões de euros. À Rio Forte e subsidiárias, a exposição é de 224,3 milhões de euros, essencialmente crédito concedido..Existem ainda exposições às entidades do subgrupo Tranquilidade, de 305 milhões de euros, mas sem relação com o GES, e à Escom, de 297 milhões de euros, empresa que o BES adiantou ter informações do GES de que foi vendida..O BES adiantou ainda que os seus clientes de retalho possuem vários títulos de dívida de entidades do GES, no montante de 853 milhões de euros, assim distribuidos: Espírito Santo Internacional (255 milhões de euros), Rioforte (342 milhões de euros), subsidiárias da Rioforte (44 milhões de euros) e ESFG e subsidiárias (212 milhões de euros)..O BES particularizou ainda a dívida emitida por empresas do GES, detida diretamente por clientes institucionais e que está custodiada nos seus balcões, com referência a 30 de junho último. .Esta dívida supera os dois mil milhões de euros (511 milhões da Espírito Santo Internacional e 1,5 mil milhões da Rioforte e subsidiárias)..O BES considerou ainda que estes investidores "são considerados investidores qualificados de acordo com os critérios legais e, portanto, com maior capacidade de avaliação de risco"..A instituição detalhou também a sua estrutura acionista, na qual avulta o ESFG, com 25,1%, seguido pelo Crédit Agricole (14,6%). Com posições menores surgem o Bradesco (2,9%) e a PT ((2,1%), bem como Silchester (4,7%), Capital Research (4,22%), Blackrock (4,65%) e Baupost (2,27%).