Num seminário sobre bacalhau salgado dirigido a empresas ibéricas e norueguesas, que decorreu em Tromso, Noruega, Gunnar Saetra, do IRM, explicou que por ano a quota é de 800 mil toneladas, mas para gerir 'stocks' e a diminuição de alimento para o bacalhau a recomendação para 2018 é diminuir a quantidade pescada em 20%..Para os próximos anos, a mesma fonte prevê uma estabilização das quotas em torno das 600 mil toneladas, segundo as análises dos cientistas russos e noruegueses, naturais dos países que repartem a quota de pesca do bacalhau no mar de Barents..A oficialização das quotas será efetuada posteriormente..O IRM avalia a sustentabilidade da pesca, através de análises várias, as quais também já possibilitaram detetar a migração do bacalhau cada vez mais para Norte, face ao aquecimento da água devido às alterações climáticas..Pela direção de pescas da Noruega, Anastasia Henriksen, informou que o setor do bacalhau contabiliza quase seis mil embarcações, mais de 9.411 pescadores, 425 fabricas e cerca de 29.800 empregados na indústria norueguesa..Na evolução dos dados, a responsável notou haver cada vez menos pescadores, mas mais apanha de pesca, pelo que "cada pescador ganha mais dinheiro"..A responsável precisou ainda que este ano 11 embarcações de Portugal têm licenças para pescar bacalhau, haddock e seith, no fundo, na zona económica norueguesa, mas só há registo de dois barcos a pescar nesta área ou na zona de Svalbarg até à data..Da 'lista negra' da Noruega, desde novembro de 1998, por não terem cumprido a quota em águas internacionais, à luz da lei norueguesa, fazem parte 169 embarcações, nenhuma de Portugal.