Alexander Payne já teve melhores dias. Depois do brilhante Nebraska (2013), Pequena Grande Vida surge como um filme algo frustrado.
A génese narrativa está numa descoberta científica que permite reduzir a massa corporal dos seres humanos a alguns centímetros, constituindo uma promessa de vida melhor para os que se submeterem à experiência, e funcionando como um grande gesto ecológico.
É nesta conjuntura de esperança que um homem perfeitamente comum (Matt Damon), com uma vida desenxabida, decide tentar a sorte do outro lado de um quotidiano em pequena escala...
Embora o enunciado tenha alguma força imaginativa, e até uma dimensão de sátira social extraída da ficção científica, no fim de contas Payne não consegue sustentar a relevância deste cenário de futuro. A história vai amolecendo até se tornar apenas uma simpática comédia humanista.
Classificação: ** (Com interesse)