A Sala dos Embaixadores do Palácio da Ajuda acolheu há 38 anos a tomada de posse do VIII Governo Constitucional, o segundo presidido em escassos nove meses por Francisco Pinto Balsemão, depois da morte de Francisco Sá Carneiro..Ao dar posse ao primeiro-ministro, o Presidente da República António Ramalho Eanes deixava o recado: "Temos perdido tempo em questões menores." E o discurso de Pinto Balsemão seguia no mesmo sentido: "O momento que vivemos não é de molde a tolerar querelas institucionais." E essas foram as frases que o DN puxou para a primeira página..Tinham sido essas querelas a levar o primeiro-ministro a apresentar a demissão. O partido em convulsão depois do acidente aéreo que vitimou Sá Carneiro a 4 dezembro de 1980 não lhe dava descanso..O segundo governo que chefiava agora, também em coligação com o CDS e o PPM, viria a durar até 1983, quando Mário Soares chegou ao poder por força da coligação com o PSD, a solução governativa que ficaria conhecida por Bloco Central (1983-1985), a que Cavaco Silva pôs fim depois de chegar à liderança dos sociais-democratas..Na posse do segundo governo de Balsemão, Ramalho Eanes lamentava que se tivesse deixado "morrer a esperança e o entusiasmo", certamente numa referência ao 25 de Abril que ainda era tão presente na política portuguesa..Balsemão era elucidativo: "O momento que vivemos não é de molde a tolerar as querelas institucionais, que só prejudicam o povo português e permitiram a suspeição de que o Conselho da Revolução está apostado em criar barreiras à ação do governo.".A primeira página do Diário de Notícias de 5 de setembro de 1981 dava já conta das primeiras críticas ao novo executivo, protagonizadas pelas centrais sindicais. CGTP e UGT mostravam-se contra o então anunciado propósito de alteração de algumas normas da lei dos despedimentos e outra legislação laboral.
A Sala dos Embaixadores do Palácio da Ajuda acolheu há 38 anos a tomada de posse do VIII Governo Constitucional, o segundo presidido em escassos nove meses por Francisco Pinto Balsemão, depois da morte de Francisco Sá Carneiro..Ao dar posse ao primeiro-ministro, o Presidente da República António Ramalho Eanes deixava o recado: "Temos perdido tempo em questões menores." E o discurso de Pinto Balsemão seguia no mesmo sentido: "O momento que vivemos não é de molde a tolerar querelas institucionais." E essas foram as frases que o DN puxou para a primeira página..Tinham sido essas querelas a levar o primeiro-ministro a apresentar a demissão. O partido em convulsão depois do acidente aéreo que vitimou Sá Carneiro a 4 dezembro de 1980 não lhe dava descanso..O segundo governo que chefiava agora, também em coligação com o CDS e o PPM, viria a durar até 1983, quando Mário Soares chegou ao poder por força da coligação com o PSD, a solução governativa que ficaria conhecida por Bloco Central (1983-1985), a que Cavaco Silva pôs fim depois de chegar à liderança dos sociais-democratas..Na posse do segundo governo de Balsemão, Ramalho Eanes lamentava que se tivesse deixado "morrer a esperança e o entusiasmo", certamente numa referência ao 25 de Abril que ainda era tão presente na política portuguesa..Balsemão era elucidativo: "O momento que vivemos não é de molde a tolerar as querelas institucionais, que só prejudicam o povo português e permitiram a suspeição de que o Conselho da Revolução está apostado em criar barreiras à ação do governo.".A primeira página do Diário de Notícias de 5 de setembro de 1981 dava já conta das primeiras críticas ao novo executivo, protagonizadas pelas centrais sindicais. CGTP e UGT mostravam-se contra o então anunciado propósito de alteração de algumas normas da lei dos despedimentos e outra legislação laboral.