Segundo os números fornecidos à Lusa pela Instituto Nacional de Estatística (INE), no segundo trimestre deste ano, a estimativa do número de desempregados à procura de novo emprego cujo sector da última actividade era a construção ascendia a 92,9 mil. Este valor representa uma subida em relação aos primeiros três meses deste ano, quando o número de desempregados do sector da construção totalizava 91,3 mil..No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego em Portugal situou-se nos 12,1 por cento, o que significa que 675 mil portugueses estavam sem emprego, 13,7 por cento do quais oriundos do sector da construção. A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) tem alertado para o facto de o sector ter em risco 140 mil postos de trabalho, devido à crise que o sector atravessa e à suspensão das obras públicas..Neste sentido, a confederação presidida por Reis Campos tem reivindicado a aposta na reabilitação urbana e a readaptação das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) numa tentativa de dinamizar o sector e estancar o desemprego. Como consequência da crise do sector da construção, o número de empresas a fechar portas também tem aumentado. Nos últimos doze meses, deixaram de operar no sector da construção 1446 empresas ou empresários individuais, segundo dados da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS) divulgados este mês.