Quando elegância rima com potência
Pode um familiar combinar elegância com potência? Sem dúvida. No caso do Porsche Panamera, estas duas realidades sempre conviveram bem, mas com a mais recente evolução deste desportivo de quatro portas e de outros tantos (reais) lugares, tal compromisso ganha ainda mais força.
Ainda que de uma forma subtil, a renovação desta segunda geração do modelo germânico, nas suas três carroçarias (Panamera, Executive e Sport Turismo), não esqueceu o apuro da estética, nem sequer o reforço da digitalização e conectividade, mas as principais novidades são mecânicas.
A começar, desde logo, pela escalada de potência do motor V8 biturbo do Turbo S, que passa a debitar 630 cv (mais 80 cv) e 820 Nm, cumprindo, agora, a aceleração dos 0 aos 100 km/h em 3,1 segundos. Também o poder de fogo do GTS aumentou para 480 cv (mais 20 cv) e 620 Nm.
As versões híbridas também viram reforçada a capacidade da sua bateria de iões de lítio, de 14,1 para 17,9 kWh, o que representa um acréscimo de 30% de autonomia, sempre que circulam em modo 100% elétrico. Refira-se, a propósito, que todas estas variantes recorrem a um motor elétrico de 136 cv e 400 Nm, associado ao respetivo motor de combustão.
O Turbo S E-Hybrid passa, assim, para 700 cv e 870 Nm (é capaz de percorrer 50 km em modo, exclusivamente, elétrico) e o Panamera 4 E-Hybrid, de 462 cv, alcança 56 km sem emissões poluentes. Em destaque, nesta revisão da matéria do Panamera, é ainda a adição de uma versão 4S E-Hybrid, com 560 cv.
Olhemos, então, para as mudanças na imagem, algo que nunca será um pormenor para a Porsche. Nesta evolução, porém, foram feitas por um bisturi, uma vez que a ideia era manter as linhas que apaixonaram uma legião de fãs do modelo.
Os novos Panamera (à exceção do Turbo S, que ocupa a posição do Turbo) exibem, agora, de origem, a mesma expressão frontal que, até aqui, apenas estava disponível nas versões dotadas do (opcional) Pack Sport Design, reconhecível, a olho nu, pelas entradas de ar mais largas.
Totalmente redesenhada foi a secção frontal do Panamera Turbo S, que se distingue pelas entradas de ar laterais ainda mais generosas e pelos novos elementos na cor da carroçaria, ligados horizontalmente, para vincar a largura da mesma.
Na traseira, a faixa de luz passa a acompanhar, de forma contínua, a tampa da mala com um contorno devidamente integrado. Opção que permite criar uma ligação fluida e ininterrupta entre os redesenhados módulos traseiros de iluminação LED.
Os desportivos modelos GTS contam, agora, de série, com uns novos e escurecidos módulos de iluminação traseira Exclusive Design, incluindo uma função dinâmica coming/leaving home. Três novos modelos de jantes de 20" e 21" foram adicionados à gama, totalizando dez formas de personalização.
No habitáculo, importa referir o novo volante multifunções, herdado do elétrico Taycan, tal como o sistema multimédia (PCM - Porsche Communication Management) de nova geração com controlos vocais mais expeditos e, entre outros feitos, a possibilitar já a ligação sem fios para Apple CarPlay. A personalização e decoração dos diversos elementos do habitáculo continua a ser um dos principais pontos fortes deste desportivo.
O sistema Porsche Communication Management (PCM) passa a incluir novas funções digitais e serviços melhorados, como o sofisticado reconhecimento de comandos por voz (Voice Pilot), o sistema Risk Radar, que permite dispor de informações atualizadas sobre sinalização ou perigos na via, e a ligação wireless ao Apple CarPlay, além outros serviços conectados.
Os preços iniciam-se nos 120.930 euros do Panamera com 330 cv e sobem até ao máximo de 253.511 euros, reclamados pela variante Turbo S Sport Turismo, com 630 cv. O mais acessível dos híbridos plug-in é o 4 E-Hybrid, disponível por 121.122 euros.
Motor Gasolina, 6 cil. em V, turbo
Cilindrada 2.894 cm3
Potência máxima 330 cv às 4.000 rpm
Velocidade máxima 270 km/h
0-100 km/h 5,6 segundos
Emissões CO2 (WLTP) 231 g/km
Preço 120.930 euros