A troika - ou o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu que celebraram um acordo de entendimento com o Estado português - estava no país desde maio de 2011, mas foi em setembro de 2012, com Pedro Passos Coelho já como primeiro-ministro, que Portugal assistiu a uma grande manifestação contra as medidas de austeridade impostas, com a anunciada descida da taxa social única (TSU) para as empresas a motivar ainda mais revolta..O assunto dominou por completo a primeira página do Diário de Notícias, edição de 16 de setembro, com uma cobertura extensa sobre o protesto de véspera em todo o país e com a manchete "Indignação saiu à rua".."Organização diz que um milhão de pessoas gritou de norte a sul contra a austeridade" era um dos títulos.."Protesto foi pacífico em todo o país mas ao início da noite houve petardos junto à Assembleia", lia-se também na primeira página desta edição..Outro título importante era "Portas vai pressionar Passos Coelho para recuar ma mexida na TSU, porém recusa abrir crise com PSD".A redução da TSU em 5,75 pontos percentuais, passando de 23,75% para 18%, tinha sido anunciada por Passos a 7 de setembro, gerando contestação. O Governo pretendia aumentar a contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social para 18%, ou seja, uma subida de sete pontos percentuais. A medida deveria ser aplicada aos trabalhadores do setor privado e aos funcionários públicos..Depois do protesto popular, Passos Coelho abandonou a ideia de alterar as contribuições na TSU. A troika, porém, ficou no país até 2014.