Qual simplicidade! Sumptuosidade por favor!

Um Crime no Expresso do Oriente, Kenneth Branagh
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Pastiche assumido de Poirot e de todo o universo de Agatha Christie pela pena de Michael Green, o argumentista mais "quente" de Hollywood, autor de Logan, de James Mangold e de Alien Covenant, de Sir Ridley Scott. Mas por muito que o "briefing" do estúdio fosse infundir "modernidade" ao clássico de Christie e de o insuflar com humor, fica sempre uma marca de prazer do seu realizador, um Kenneth Branagh a filmar em 65mm e a tornar tudo espetáculo teatral, tudo adoravelmente Shakespeare.

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Este seu Poirot tem o bigode que a autora sempre sonhou e uma sumptuosidade que é quase provocação. E corre, tem perseguições e é insolente. A tal brecha da farsa fica bem num recital de cinema que a câmara pode ser um efeito visual - nada contra...
Só é pena os tons dos atores estarem todos numa desafinação global. Salva-se Michelle Pfeiffer e o próprio Branagh.

Classificação: *** (bom)

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