Quais são os melhores produtos financeiros para investir?

Depósitos a prazo, certificados de aforro ou títulos do tesouro? Neste artigo explicamos como funcionam estes produtos financeiros, para que possa decidir qual a opção mais vantajosa para o seu caso.
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Na hora de colocar o seu dinheiro a render é essencial informar-se bem sobre os produtos financeiros existentes. No que toca a investimento, existem os mais variados produtos. Mas se procura uma opção de baixo risco, pode optar pelos conhecidos depósitos a prazo, certificados de aforro ou títulos do tesouro.

Neste artigo explicamos como funcionam estes produtos financeiros, para que possa decidir qual a opção mais vantajosa para o seu caso.

Os depósitos a prazo continuam a ser o produto mais utilizado pelos portugueses. Têm a vantagem de estar protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos até 100 mil euros por depositante, conferindo uma segurança extra, em caso de falência do banco.

A taxa de juro média dos novos depósitos aumentou, em maio, de 1,03% para 1,26%, o valor mais elevado em oito anos, embora seja o quarto mais baixo entre os países da área do euro, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal.

Porém, mesmo assim, continua a ser muito reduzida. Ou seja, tendo em conta a inflação, é muito importante que procure as melhores taxas do mercado para minimizar o impacto negativo deste indicador no valor do seu dinheiro.

Mais rentáveis do que qualquer depósito, os certificados de aforro atingiram em março a taxa-base de 3,5% bruta - a taxa máxima permitida por lei.

Porém, a emissão da série que estava a ser emitida foi suspensa, sendo lançada uma nova série, com condições diferentes da anterior: a série F.

A taxa base aplicável à série F é determinada mensalmente, no antepenúltimo dia útil do mês, para vigorar durante o mês seguinte e corresponde à média dos valores da Euribor a três meses observados nos dez dias úteis anteriores, sendo o resultado arredondado à terceira casa decimal. E não poderá ser superior a 2,50% nem inferior a 0%. A taxa base da nova série F no seu lançamento, em junho, foi de 2,5%.

O prazo máximo da subscrição, que era de dez anos na série E, passa para 15 anos nesta nova série. E o prémio de permanência vai crescendo, começando em 0,25% entre o 2º e o 5º ano, passando para 0,50% do 6.º ao 9.º ano, para 1% no 10º e 11ª anos e para 1,5% no 12.º e 13.º ano. Nos dois últimos anos do prazo máximo de subscrição atinge os 1,75% sobre a taxa base.

A grande vantagem deste produto, atualmente, é que os juros são calculados todos os meses com base na média da Euribor a três meses. Ora, com a subida deste indexante, sobe também a taxa de juro.

Atualmente, os certificados de aforro são o produto com capital garantido mais rentável do mercado. Podem ser subscritos em alguns balcões dos CTT ou pela internet, através da AforroNet, a plataforma da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, com um montante mínimo de 100 euros.

Os títulos do tesouro, ou certificados do tesouro, são produtos de dívida pública, tal como os certificados de aforro. Mas têm algumas diferenças.

Para subscrever um certificado do tesouro, tem de o fazer com um mínimo de 1.000 euros. O máximo é um milhão de euros. E o prazo máximo de subscrição dos certificados do tesouro é sete anos.

Os juros são recebidos anualmente. Nos primeiros dois anos, a taxa de juro é fixa, sendo de 0,7% em cada um dele. No 3.º ano, para além de uma taxa de juro fixa de 0,8%, pode ainda receber um prémio de remuneração, que varia em função do crescimento da economia portuguesa. Esse prémio é de 20% do crescimento real da economia portuguesa nos quatro trimestres anteriores;

Do 4.º ao 7.º ano, as taxas fixas de remuneração vão subindo progressivamente, sendo de 0,9%, 1%, 1,3% e 1,6%. A estas taxas pode ser adicionado, eventualmente, o prémio de remuneração referido acima.

Assim, considerando que em todos os períodos o crescimento médio real da economia portuguesa seria de 2%, tal significa que estes certificados ofereciam as seguintes taxas: 0,7% nos dois primeiros anos, 1,2% no terceiro ano (0,8% de taxa fixa, adicionado do prémio de remuneração pelo crescimento da economia que seria, neste caso de 0,4%. Por sua vez, no quarto ano, a taxa seria de 1,3%, subindo para os 1,4%, 1,7% e 2%, nos 5.º, 6.º e 7.º ano, respetivamente.

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