Puigdemont não exclui ir ao debate de investidura no Parlamento

Presidente do Parlamento, Roger Torrent, esteve reunido em Bruxelas com o ex-presidente da Generalitat
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O ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, indicou que a investidura "ideal é a presencial, mas há outros caminhos e não descartamos nenhum", não pondo de lado a hipótese de estar presente na sessão que tem que decorrer até 31 de janeiro no Parlamento catalão

Puigdemont falava aos jornalistas, em Bruxelas, depois de uma reunião com o presidente do Parlamento, Roger Torrent. "Falámos da investidura e ele não excluiu a hipótese de estar presente no debate", afirmou.

O ex-presidente da Generalitat autoexilou-se em Bruxelas para escapar à justiça espanhola, que o investiga por rebelião e sedição na organização do referendo de 1 de outubro e consequente declaração unilateral de independência. Em Espanha é alvo de um mandado de detenção.

Cabeça de lista do Junts per Catalunya nas eleições de 21 de dezembro, Puigdemont é quem reúne mais apoios para conseguir ser presidente da Generalitat. Contudo, os juristas do Parlamento dizem que tal investidura só poderá ser presencial e Puigdemont arrisca ser detido se voltar a Espanha.

O governo espanhol, que proibiu que o encontro entre Torrent e Puigdemont fosse na delegação do governo da Catalunha, em Bruxelas, já indicou que irá recorrer ao Tribunal Constitucional caso a investidura não seja presencial.

"Dei instruções para que os serviços jurídicos do Parlamento analisem legalmente esta situação, porque acho que se vulneram os direitos fundamentais dos consellers, do presidente e do órgão que represento", indicou Torrent, falando de uma "situação anómala e escandalosa do ponto de vista democrático".

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