PT defende financiamento público de campanhas políticas

O 4º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) terminou neste domingo com a defesa da necessidade de uma reforma política no Brasil, que inclua o financiamento de campanha com recursos públicos, informa a Agência Brasil.
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Na sua resolução final, os militantes do partido da presidente Dilma Rousseff consideraram que é preciso acabar com o financiamento privado de campanhas políticas e as suas "nefastas consequências", para que haja "uma melhor correlação de forças políticas nas eleições brasileiras".

Na resolução política de 24 páginas, o PT defendeu ainda o apoio incondicional à presidente Dilma Rousseff e a luta pelo fortalecimento do sistema de saúde e da educação. O partido também reavivou algumas de suas tradicionais bandeiras trabalhistas.

O PT declarou ainda que, nas eleições municipais de 2012, vai dar prioridade a candidaturas próprias, com o intuito de aumentar seu número de prefeitos e vereadores. Não é descartado, porém, o apoio a candidatos de partidos aliados.

O partido também quer fazer uma campanha pela regulamentação dos meios de comunicação no país, destacou o jornal Folha de S.Paulo.

Durante o encontro, o presidente da sigla, Rui Falcão discursou contra o que chamou de "jornalismo partidário" e defendeu a limitação do direito de propriedade de emissoras de rádio e de televisão.

Na noite de sábado, quando a maioria dos dirigentes do PT já não estava no encontro, a base do partido aprovou um limite para a disputa de eleições consecutivas, com o objectivo de ampliar a renovação de lideranças.

A ideia é que os candidatos só possam exercer três mandatos seguidos de deputado ou dois de senador. A mudança, vista como uma "revolução" contra a elite partidária, começa a valer nas eleições de 2014.

Os petistas também aprovaram quotas para os cargos na direcção do partido. Metade deles deverá ser destinado às mulheres, 20 por cento aos jovens e 20 por cento às minorias raciais.

Também foram criados obstáculos para a realização de prévias para as eleições.

Outra medida foi a flexibilização nos meios de encaixe de receitas. Agora, as delegações do PT podem organizar festas e eventos para pagar a taxa obrigatória dos seus filiados.

Foi anunciado ainda o intuito de fortalecer uma campanha para duplicar o número de militantes do partido no país. O PT possui, hoje, 1,2 milhões de filiados.

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