PSP fecha creche por suspeitas de dar calmantes a crianças

Uma médica fez a denúncia que levou ao encarramento da creche, ontem, quinta-feira, por alegadamente estar ilegal e por existirem suspeitas de uma criança ter tomado um medicamento para dormir.
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Em comunicado divulgado hoje, a PSP explicou que ao final do dia de 1 de Fevereiro, um agente de serviço num hospital foi contactado por uma médica. A profissional de saúde informou que no local se encontrava um pai a acompanhar a filha, e que tudo levava a crer que a criança teria sido "sujeita a medicação própria para criar sonolência durante o período de tempo que esteve na creche".

"A suspeita levantou-se uma vez que o bebé estava sonolento durante todo o tempo após o pai a ir buscar à creche" e as análises posteriores confirmou o consumo de um medicamento calmante próprio para adultos", lê-se no comunicado. O produto em bebés ou crianças, além de outras consequências, pode causar graves problemas nos rins.

O mesmo pai quando se deslocou à creche, situada na Rua Morais Soares, para ir buscar a filha verificou que todas as crianças, cerca de 10, dormiam profundamente.

Na sequência destes acontecimentos, na quinta-feira agentes, dois inspectores do Serviço de Fiscalização da Segurança Social e outros dois da Santa Casa da Misericórdia, deslocaram-se ao local suspeito e verificaram que 12 crianças estavam a dormir profundamente.

"E o espaço onde as mesmas se encontravam era pequeno e desadequado às circunstâncias, não havendo qualquer licença legal para a prática daquele exercício", acrescentou o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.

Os pais foram então notificados para se deslocarem com os filhos ao Instituto de Medicina Legal para serem observados e sujeitos a análises de sangue.

O estabelecimento foi encerrado e os pais retiraram as crianças do local.

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