PSD regressa à Festa do Pontal a 14 de agosto

Montenegro estreia-se nos "dois" regressos do partido à atividade política, a festa no Calçadão de Quarteira e a Universidade de ​​​​​​​Verão.
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Luís Montenegro tem palco para a estreia como líder do partido na tradicional festa do Pontal, mas que se realiza no Calçadão de Quarteira, a 14 de Agosto. E dias mais tarde naquela que já foi considerada a segunda rentrée do partido, na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, que decorre entre 29 de agosto e 4 de setembro, dia em que o presidente do partido faz o encerramento.

Estes dois momentos são importantes para falar ao partido, mas também para balizar para o país aquela que vai ser a linha de oposição ao governo nos próximos meses. Sobretudo no momento de discussão do Orçamento de Estado para 2023 já em outubro.

Luís Montenegro afinou a pauta das críticas ao governo de António Costa já na também tradicional Festa de Chão da Lagoa, que marca a rentrée do PSD/Madeira. Outro dos palcos importantes, já que as eleições regionais madeirenses são no próximo ano e representam o primeiro desafio eleitoral do partido na era montenegrista.

Miguel Albuquerque, que foi mandatário nacional da candidatura de Montenegro contra Jorge Moreira da Silva e o escolhido para presidente da Mesa do Congresso, já fez saber que mantém a coligação com o CDS para tentar reconquistar a liderança do governo, que está há 40 anos na mão dos sociais-democratas.

Em Chão da Lagoa, o novo líder do PSD centrou o discurso no novo aeroporto de Lisboa e no empobrecimento do país. Montenegro disse que a nova infraestrutura é uma obra que, em sete anos, "o Partido Socialista não conseguiu colocar no terreno", mas que "nos últimos tempos tem sido alvo de uma tentativa de encostar a responsabilidade de decidir para o PSD".

"Eu quero ser muito claro: o PSD é um partido responsável, é um partido que entende que estas obras estratégicas, estruturantes, devem merecer um consenso tão alargado quanto possível, mas não vamos inverter os papéis", declarou, esclarecendo: "Quem tem de governar é o Governo, nós cá vamos fazer oposição responsável, como digo, mas oposição."

E acrescentou: "Eu, aqui, incito o Governo, antes de mais, a tratar do Aeroporto General Humberto Delgado, deve oferecer melhores condições para que a economia e o turismo não saiam prejudicados como têm saído, para além das pessoas propriamente ditas."

O presidente do PSD disse que o partido vai procurar dar todas as contribuições para que se encontre uma "solução para as próximas décadas", mas insistiu em que a responsabilidade pela atual situação é do Governo socialista, liderado por António Costa.

"Repito: só há hoje uma questão em aberto para decidir porque houve uma incompetência enorme do Governo nos últimos sete anos", declarou.

Sobre o empobrecimento do país, o presidente social-democrata garantiu a partir da Madeira que "o país está mal, está cada vez mais pobre e o socialismo traz pobreza". E tal como no discurso que já tinha feito no congresso do PSD, no Porto, relembrou que nos últimos 27 anos, o PS governou 20: sete anos com António Guterres e António Costa e "um pântano"; sete anos de José Sócrates e António Costa "uma bancarrota" e sete anos de António Costa "está em todos, é totalista".

Da governação de Costa relevou as "pessoas a amontoarem-se às portas dos hospitais", "alunos que chegam ao fim do ano sem professores" e uma "economia a ser ultrapassada pelos países do leste". -conclusão: "O responsável é António Costa e PS".

Recorde-se que na passada semana, o primeiro-ministro e o presidente do PSD estiveram reunidos a sós, em São Bento, durante três horas e meia, no primeiro encontro entre ambos. António Costa caracterizou o encontro como "uma conversa bastante agradável", na qual falaram de vários temas, entre os quais do novo aeroporto.

com Lusa

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