"Não faz sentido integrar as pessoas, porque assim não se vai poupar nada. A ideia é reduzir custos, portanto, deve-se reduzir o número de funcionários", afirmou à agência Lusa Mauro Xavier..O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, anunciou hoje a intenção de extinguir a EPUL, assegurando a integração da atividade da empresa na autarquia, para "preservar património" e "direitos dos trabalhadores".."Não podemos começar com esta medida de integrar os funcionários nos quadros da Câmara. Essa é uma medida muito socialista, passar a despesa de um lado para o outro", acrescentou..O líder social-democrata da capital sugeriu, assim, que a Câmara avance com os processos de rescisão dos contratos de trabalho.."Se a organização é extinta, tem de se extinguir todas as suas despesas, senão não faz sentido. O PSD Lisboa apoiará a extinção da EPUL, que tem cerca de 150 trabalhadores, e espera que a Câmara tenha capacidade de se reorganizar a si própria para reduzir cerca de dois mil trabalhadores", concluiu..O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, anunciou, na reunião pública do executivo de hoje à tarde, a apresentação de uma proposta, que será discutida numa reunião extraordinária a agendar para a próxima semana e que visa a "integração da atividade da EPUL na câmara". .O objetivo, afirmou, é "preservar a integralidade do património da cidade que está afeto à EPUL, de forma a garantir integralmente os direitos dos credores, incluindo os seus clientes, como compradores dos fogos por terminar"..Além disso, o autarca salientou que a medida visa "garantir integralmente os direitos dos trabalhadores" da empresa, seja "na integração nos quadros da câmara" ou na "indemnização por rescisão de contrato, se for isso que os trabalhadores preferirem"..O presidente da Câmara de Lisboa destacou que a "função essencial para a criação da EPUL foi esgotada", ou seja, a urbanização da cidade.."A conjuntura que estamos a viver exige que tomemos decisões que não devem ser adiadas, mas tomadas para que património e trabalhadores vejam satisfeitos os seus direitos", disse..Há cerca de um ano, António Costa defendeu a fusão numa só empresa municipal da EPUL, da Gebalis (responsável pela gestão dos bairros municipais) e da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) Ocidental..No entanto, em outubro, mostrou-se "menos entusiasmado" com a ideia, devido à s "exigências dos critérios" fixados na nova Lei do Setor Empresarial Local, e questionou se "faria sentido" avançar com a fusão..Os vereadores não comentaram a proposta de extinção da EPUL, adiando declarações para a reunião extraordinária da próxima semana.