PSD. Eleições internas

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O PSD vai realizar mais umas eleições internas para a sua liderança, no dia 28 de Maio, já sabemos se foi Luís Montenegro que venceu ou Moreira da Silva.

Estas eleições têm sido muito mornas e têm passado despercebidas à opinião pública e ao próprio PSD. O PSD tem cerca de 42.000 militantes em condições de poderem votar ( quotas em dia), num universo de cerca de 86.000 militantes ( que pagaram pelo menos uma quota nos últimos dois anos).

O PSD anda há muito tempo em lutas internas, rivalidades, tricas e questiúnculas, que têm sido causadoras do afastamento dos seus militantes, mas também, dos portugueses.

O PSD está em agonia, a sua última derrota eleitoral e a maioria absoluta do PS fizeram com que muitos no PSD atirassem a toalha ao chão.

O PSD está moribundo, triste, acabrunhado e sem chama, parece um velho que conta os dias de vida, até ao dia do seu funeral.

O PSD precisa de fazer uma catarse com visita ao psiquiatra. Luís Montenegro ou Moreira da Silva, nesta disputa, é só a primeira parte, o horizonte é de dois anos, mas só há eleições legislativas em 2026. A falta de poder quebra, diminui e enfraquece qualquer partido. O PSD está arredado do poder há muitos anos e isso sente-se nas suas fileiras.

O PSD tem de mudar de táctica e começar a construir o seu edifício pelos alicerces, começar a preparar muito bem as próximas eleições autárquicas.

A permeio consolidar, em 2023 o poder na Madeira, em 2024 aguentar-se nos Açores, em 2024 fazer um brilharete no Parlamento Europeu, para em 2025 conquistar o poder local. Procurar com inteligência apoiar um candidato presidencial em 2026 , por fim, ganhar o país em 2026 nas eleições legislativas.

Uma tarefa nada fácil, mas possível, em que o PSD precisa de ter uma estratégia nova em relação à sua organização interna, às suas mensagens políticas, à forma como comunica, como se organiza, como se estrutura, enquanto organização espalhada pelo território.

Perceber que está a ficar emparedado entre o PS à esquerda e à direita pelo IL e Chega.

O PSD precisa mesmo de treinar com afinco e perseverança para ser o melhor. Diria que o PSD está em baixo de forma, mas pode voltar a ser o que era se modificar o plano de preparação e de treinos.

O PSD antes de olhar para o país tem que olhar para si mesmo: rejuvenescer, mudar, reformar-se, capacitar-se, cuidar-se, tratar dos seus gravíssimos problemas.

Os portugueses enquanto não virem um PSD revitalizado, unido, eficiente, com uma linguagem perceptível, que toque os portugueses, nada feito.

O PSD tem que se tornar relevante e importante pela sua postura e conduta.

O PSD tem tempo para fazer esse trabalho e deve dar essa prioridade. O PSD tem que fazer ver aos portugueses que o voto útil é em si.

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