PSD defende que pasta de Moedas prova acerto da escolha

O PSD destacou esta terça-feira o valor do orçamento que Carlos Moedas vai gerir enquanto comissário europeu com a pasta da Investigação, Ciência e Inovação, e defendeu que isso prova o acerto da escolha feita pelo primeiro-ministro.
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Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, o vice-presidente do PSD José Matos Correia referiu que Carlos Moedas "vai gerir, ao abrigo de um programa comunitário até 2020, verbas na ordem dos 80 mil milhões de euros", que constitui "o maior programa gerido diretamente pela Comissão Europeia em termos do que representa financeiramente".

Segundo o dirigente e deputado social-democrata, "trata-se do reconhecimento das competências e da qualidade do engenheiro Carlos Moedas" e "trata-se também de um reconhecimento do acerto da escolha feita por Portugal e, em particular, pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho".

"A atribuição de uma pasta com esta relevância e, repito, gerindo um envelope financeiro desta dimensão é a prova de que a escolha foi correta", reforçou José Matos Correia.

Questionado sobre as notícias de que era esperado que fosse atribuída a Carlos Moedas a pasta do emprego, o vice-presidente do PSD respondeu: "Não tenho a mais pequena confirmação de que fosse essa a pasta, o que interessa é aquilo que é a decisão final".

"O facto de ser uma pasta que gere um envelope financeiro desta dimensão dá-lhe, inequivocamente, uma relevância de primeiro plano, ao nível de outras que pudessem eventualmente ser atribuídas a Portugal, de idêntica relevância", acrescentou.

De acordo com José Matos Correia, os Estados Unidos da América têm atualmente uma "supremacia muito significativa" na área da inovação e da ciência, e o programa que Carlos Moedas vai gerir é "um plano no sentido de alterar este estado de coisas, e fazer da Europa um centro motor do desenvolvimento da inovação e da ciência ao nível global".

José Matos Correia alegou ainda que a atribuição da pasta da Investigação, Ciência e Inovação ao comissário indicado pelo Governo português "é o reconhecimento da seriedade" e da "credibilidade" de Portugal no plano internacional, e mencionou Durão Barroso.

"Depois de termos tido o presidente da Comissão Europeia durante dez anos, e de termos podido constatar como isso foi importante para a credibilidade internacional do país, o facto de termos um comissário com uma pasta desta relevância sublinha uma vez mais a credibilidade que o nosso país tem assumido no plano internacional e o reconhecimento dessa mesma credibilidade", disse.

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