PSD, CDS-PP e PCP rejeitaram esta sexta-feira um voto de condenação apresentado pelo Bloco de Esquerda sobre a "repressão em Angola" e com um apelo à libertação dos "ativistas detidos", iniciativa que mereceu a abstenção do PS..Este voto do BE, porém, contou ainda com o apoio de sete deputados socialistas (Alexandre Quintanilha, Isabel Moreira, Inês de Medeiros, Isabel Santos, Pedro Delgado Alves, Wanda Guimarães e Tiago Barbosa Ribeira), além do representante do PAN.."É preciso travar e dar por finalizado este arrastado processo que visa intimidar, deter e punir aqueles que criticam a governação de José Eduardo dos Santos, que tem tido interferência direta ao longo de todo o processo, dando ordens no sentido de prolongar indefinidamente as audiências", pode ler-se no voto da bancada bloquista..O PCP demarcou-se totalmente desta iniciativa do BE, apresentando uma declaração de voto na qual se adverte que outras forças políticas "não poderão contar" com os comunistas "para operações de desestabilização de Angola".."Reiterando a defesa e a garantia das liberdades e direitos dos cidadãos, cabe às autoridades judiciais angolanas o tratamento de processos que recaiam no seu âmbito, de acordo com a ordem jurídico-constitucional, não devendo a Assembleia da República interferir sobre o desenrolar dos mesmos, prejudicando as relações de amizade e cooperação entre o povo português e o povo angolano", sublinha a bancada liderada por João Oliveira..Com a abstenção do PSD e do CDS-PP, a Assembleia da República aprovou um voto apresentado pelo Bloco de Esquerda condenação pela recente morte de três ativistas curdas e feministas Sêvê Demir, Pakize Nayir e Fatma Uyar na sequência de uma operação militar turca.."A Assembleia da República expressa o seu mais profundo pesar por este triste acontecimento e presta homenagem às vítimas, suas famílias e ao povo curdo e repudia todos os atentados contra a liberdade e os direitos humanos na Turquia, como em qualquer outro país do mundo", lê-se no voto aprovado pelo Parlamento.