PS questiona Governo sobre encargos com expansão do metro

Um grupo de deputados do PS, encabeçado pela dirigente Susana Amador, questionou o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, sobre encargos a suportar pelas câmaras de Odivelas e de Loures com a expansão do metropolitano de Lisboa
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A questão dirigida ao ministro do Ambiente foi divulgada pela bancada do PS e igualmente subscrita por dirigentes socialistas, entre os quais Marcos Perestrello, Pedro Delgado Alves e Pedro Cegonho e pelo ex-secretário de Estado Miguel Cabrita.

"Os restantes encargos, como expropriações, nova rede viária e requalificação urbana, recaem sobre os municípios e podem ascender a cerca de 80 milhões de euros. É precisamente essa verba que onera as autarquias e que causa forte pressão financeira que carece de melhor enquadramento, em particular no momento de incerteza e imprevisibilidade que atravessamos e que tem fortes impactos nas despesas municipais", adverte a ex-presidente da Câmara de Odivelas e membro do Secretariado Nacional do PS.

Susana Amador assinala que a futura linha de metro será de superfície "e terá um traçado em forma de C", com um dos braços a ligar Odivelas ao Infantado, outro a unir Odivelas ao Hospital Beatriz Ângelo.

"Apesar de se conhecerem os sítios onde o comboio vai passar e parar, a localização exata de cada estação ainda está a ser escolhida. Tal como nos casos de Porto e Almada, a linha terá impactos na paisagem urbana e será necessário enquadrá-la com as infraestruturas já existentes", aponta ainda Susana Amador.

A deputada e dirigente do PS pergunta depois ao ministro do Ambiente se "o valor da linha propriamente dita, aquisição de material circulante e parques de estacionamento, que se estima em 250 milhões de euros, será abrangido na sua totalidade pelo PRR".

"Para além do valor referido, como se assegurará o financiamento das verbas necessárias para os encargos advenientes de expropriações, rede viária e requalificação urbana? Assegurados todos estes financiamentos o calendário de início da obra mantém-se para 2023 e a sua conclusão para 2025?", questiona ainda.

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