PS quer ouvir secretária de Estado do Turismo sobre prolongamento da isenção nas antigas SCUT
"Há três meses que esperamos respostas do Governo. Queremos saber se vai ou não prolongar por mais um ano as isenção nas portagens da A22, A4, A17 e A28 [autoestradas]. Entregámos esta manhã para ouvirmos a secretária de Estado do Turismo [Cecília Meireles] sobre esta questão. É ao Governo que cabe dar respostas", disse Miguel Freitas durante a discussão de iniciativas do PCP e do BE para abolir as portagens na algarvia Via do Infante (A22).
As isenções nas antigas SCUT (autoestradas sem custos para o utilizador) acabam a 30 de junho nas regiões com um índice de poder de compra acima de 80% da média do PIB per capita nacional, informou à Agência Lusa fonte da Estradas de Portugal (EP).
Recordando que a região tem "uma taxa de desemprego inaceitável", a deputada bloquista Cecília Honório apelou ao "bom senso e decência" e considerou que, com a introdução de portagens na Via do Infante, "o Governo, obcecado com a austeridade, agrava a situação" de "empobrecimento rápido da população".
Também o deputado comunista Paulo Sá apontou que as portagens na A22 significam "perdas significativas no turismo da região" e considerou que a medida "em nada contribui para melhorar a situação financeira do país" e que "é um erro colossal que urge corrigir".
O deputado do PEV José Luís Ferreira criticou o Governo por "insistir em fragilizar a mobilidade dos cidadãos e em fazer com que a região perca competitividade".
Com a introdução de portagens na A22, considerou, o Algarve, "que já estava a atravessar um período difícil", vive agora "um erro crasso a todos os níveis".
Por sua vez, o deputado do CDS-PP Hélder Amaral recordou que "o nível de desemprego do Algarve nem sempre foi assim" e que "há outras formas para ajudar" a região.
Por fim, o deputado social-democrata Paulo Cavaleiro recordou que o Governo está reavaliar o impacto das portagens introduzidas nas antigas SCUT até junho e afirmou que o PSD "confia nesse trabalho".
Em março, o ministro da Economia disse que o "Governo está a estudar os impactos nas diversas regiões e, até ao final de junho, irá reavaliar, em todo o país, esta questão".