O programa eleitoral do PS prevê que até 2026 a dívida pública se reduza para valor inferior a 110% do Produto Interno Bruto (PIB) e que se assista um aumento médio do rendimento dos trabalhadores em 20%..Estas são duas das 12 principais metas que os socialistas assumem até ao final da próxima legislatura e que foram apresentadas pela dirigente do PS Mariana Vieira da Silva, durante uma sessão que contou com a presença do secretário-geral do PS, António Costa, no Parque Mayer, em Lisboa..Em termos de objetivos de convergência com a União Europeia, o PS, se vencer as próximas eleições, coloca como fasquia crescer por ano em média 0,5 pontos percentuais acima da média dos 27 Estados-membros e um ponto percentual acima da zona euro..No capítulo das "contas certas", o PS quer reduzir, "no mínimo, até 2026, o peso da dívida pública no PIB para valores inferiores a 110%".."Aumentar até 2026 o peso das remunerações no PIB em três pontos percentuais para atingir o valor médio da União Europeia", ou seja, "aumentar o rendimento médio por trabalhador em 20% entre 2022 e 2026" é outra das promessas do PS..Ainda no domínio económico, o PS assume como desígnio aumentar em 25% face a 2017 o número de empresas nacionais exportadoras para atingir um volume de exportações equivalente a 53% do PIB em 2023..No documento sobre as linhas gerais do programa eleitoral do PS, na educação, coloca-se como prioridade a alteração do regime de recrutamento, "introduzindo fatores de estabilidade reforçada no acesso à carreira de professor".."Prosseguir o trabalho de revisão e generalização do modelo das unidades de saúde familiar, garantindo que elas cobrem 80% da população na próxima legislatura e garantir a visitação domiciliária pelos cuidados de saúde primários dos residentes em estruturas para idosos" são outras metas para a área da saúde...No programa do PS consta ainda como prioridade, no plano ambiental, "aumentar, até 2026, para 80% o peso das energias renováveis na produção de eletricidade, antecipando em quatro anos a meta estabelecida"..Em termos mais imediatos, os socialistas querem até julho aprovar na Assembleia da República as alterações legislativas para a Agenda do Trabalho Digno.."Creches gratuitas, de forma progressiva, até 2024", novas formas de equilíbrio dos tempos de trabalho, incluindo a ponderação de aplicabilidade em diferentes setores das semanas de quatro dias" são outras propostas presentes no documento apresentado por Mariana Vieira da Silva..Mariana Vieira da Silva avançou igualmente como prioridades o objetivo de apoiar, "até 2026, 30 mil jovens em cursos profissionais nas áreas emergentes e na formação superior nas áreas STEAM (Ciências, Tecnologias, Engenharias, Artes e Matemática)..O PS pretende "construir ou modernizar" 100 unidades de cuidados de saúde primários até 2026 e garantir que as unidades de saúde familiar cobrem 80% da população na próxima legislatura, foi ainda divulgado esta segunda-feira..No documento "Linhas Gerais do Programa Eleitoral 2022" do PS, apresentado no Cineteatro Capitólio, em Lisboa, pelo dirigente Porfírio Silva, lê-se que os socialistas pretendem "construir ou modernizar até 2026 100 unidades de cuidados de saúde primários e construir as novas unidades hospitalares Central do Alentejo, Lisboa Oriental, Seixal, Sintra, Central do Algarve e a maternidade de Coimbra"..Além disso, na área da saúde, apresentada pelo também diretor do Gabinete de Estudos e membro do Secretariado Nacional do PS Porfírio Silva, o partido compromete-se a "prosseguir o trabalho de revisão e generalização do modelo das unidades de saúde familiar, garantindo que elas cobrem 80% da população na próxima legislatura"..Sob o capítulo intitulado "Boa Governação", o PS promete ainda "valorizar as carreiras dos enfermeiros, designadamente através da reposição dos pontos perdidos aquando da entrada na nova carreira de enfermagem", assim como "rever os incentivos pecuniários e não pecuniários para a atração e fixação de médicos em zonas carenciadas"..Entre as alíneas na área da saúde, figura ainda o aumento do "número de camas da rede geral de cuidados continuados para assegurar a cobertura integral do país", a constituição de "equipas de cuidados continuados integrados em todos os agrupamentos de centros de saúde", ou "criar a direção executiva do SNS com o papel de dirigir o SNS a nível central"..No que se refere à educação, também englobada no mesmo capítulo, os socialistas indicam que irão propor "um Pacto Social para a Educação", para o qual procurarão "mobilizar os profissionais, os pais e encarregados de educação, os estudantes, os parceiros sociais e as forças políticas, a academia e as comunidades".."Esta construção de convergências será potenciada pela identificação de fatores estratégicos, com os quais nos comprometemos, tais como a Boa Governação na Educação, o trabalho com os profissionais da educação, a luta pelo combate às desigualdades através da Educação, a contínua melhoria das aprendizagens e a participação dos alunos no processo educativo", indica o PS..Os socialistas destacam ainda que irão "criar incentivos à aposta na carreira docente e ao desenvolvimento de funções docentes em áreas do país onde a oferta de profissionais é cada vez mais escada", assim como procurarão "alterar o regime de recrutamento, introduzindo fatores de estabilidade reforçada quer no acesso à carreira quer no desenvolvimento dos projetos pedagógicos".