PS mais perto de avistar a maioria absoluta. PSD em queda livre
Quando falta cerca de um mês para as eleições legislativas, o PS aproxima-se mais da maioria absoluta. O PSD, por seu turno, vai perdendo terreno - isso mesmo revela a sondagem da Pitagórica para a TSF e o JN, divulgada este sábado.
Na sondagem, o PS fica no limiar da maioria absoluta com 43,6% das intenções de voto. Mesmo que o líder socialista, António Costa, tenha feito questão de dizer esta semana, na entrevista à TVI, que os portugueses têm má memória das maiorias absolutas, sejam elas socialistas ou sociais-democratas. E abril, as intenções de voto no PS ficavam-se pelos 37,2%.
Enquanto o PS está em crescimento, o PSD está em queda acelerada: 20,4% das intenções de voto. Nos últimos cinco meses, os sociais-democratas tinham mais 5,2 pontos percentuais.
De acordo com o estudo da Pitagórica, muitos eleitores estão a transferir-se para o PS, mas outros começam a dispersar-se por partidos do centro-direita mais recentes, como é o caso do Aliança, de Santana Lopes (1,5%), ou da Iniciativa Liberal (1,3%), presidido por Carlos Guimarães Pinto.
A sondagem dá, aliás, fortes probabilidades de os dois jovens partidos virem a eleger algum deputado nas eleições legislativas de 6 de outubro.
Já o CDS fica-se pelos 4,9 por cento, longe de se afirmar como o principal partido da oposição como chegou a prometer a líder Assunção Cristas.
O PAN, que elegeu pela primeira vez um deputado há quatro anos, reúne 3,2% das intenções de voto.
A esquerda que compõe a geringonça - mas que o primeiro-ministro já afastou de uma possível coligação de governo - mostra comportamentos diferentes: enquanto o Bloco de Esquerda volta aos 10%, a CDU derrapa ligeiramente, ficando pelos 6,6%.
Ficha técnica:
Esta sondagem foi realizada pela Pitagórica para o JN e a TSF com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com a crise dos combustíveis.
O trabalho de campo decorreu entre os dias 12 e 24 de agosto, foram recolhidas 1525 entrevistas telefónicas a que corresponde uma margem de erro máxima de +/- 2,56% para um nível de confiança de 95,5%.
A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. A taxa de resposta foi de 72,86% e a direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva.
A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da Entidade Reguladora da Comunicação Social, que os disponibilizará para consulta online.