PS contra cobrança de taxas no multibanco

A eventual taxação de operações no multibanco "terá a oposição clara" dos socialistas, afirmou ao DN o membro da Comissão Política do PS, Óscar Gaspar. Que recordou "património" do partido e de Seguro nesta matéria.
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Os bancos ameaçam avançar com a cobrança de taxas nas operações de multibanco, depois de terem sido confrontados com a vontade de Bruxelas impor uma redução nas taxas bancárias cobradas aos comerciantes. A alternativa, para a Associação Portuguesa de Bancos, é fazer cair sobre os consumidores essa perda de receita.

Em declarações ao DN, o membro da Comissão Política do PS, Óscar Gaspar, afirma que qualquer proposta neste sentido "terá a oposição clara do PS". Gaspar aponta a dedo "o oportunismo da banca que, a propósito de uma regra comunitária, a única saída que tem é taxar os utilizadores".

O dirigente socialista, também assessor económico de António José Seguro, diz que "em Portugal, há uma lei que impede essas comissões" e que estas "só existirão se a maioria de direita as aprovar". "Os portugueses saberão que é contra a opinião do PS", acrescenta.

Óscar Gaspar nota que Portugal "é um dos países com maior taxa de 'bancarização'" (ou seja, os portugueses têm uma elevada taxa de utilização dos serviços bancários), o que "é positivo para os próprios bancos".

O socialista lembra ainda ao DN o "património de reflexão" do PS, "que justifica ser recordado". Quando em 2001, a banca voltou a insistir na ideia (a primeira vez que foi colocada sobre a mesa foi em 1994), o então Governo socialista, onde Seguro era ministro adjunto, "bateu-se contra a medida".

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