"O projeto surge numa perspetiva de futuro, pois o número de sistemas [de comunicação] sem fios está a aumentar, o que quer dizer que o valor e o número de fontes de radiações" também será maior, explicou à agência Lusa Luís Correia do INOV-INESC e professor do Instituto Superior Técnico (IST). Assim, "queremos baixar as potências de radiação para evitar que algum dia sejam ultrapassados os valores máximos recomendados", acrescentou..A Organização Mundial da Saúde tem recomendações a apontar para valores máximos aceitáveis de radiações eletromagnéticas e cada país tem leis a regular a situação. Em Portugal, "as medições na rua registam valores muito abaixo desses níveis", segundo o investigador coordenador.."Estamos a desenvolver um índice para contabilizar de um modo contínuo a exposição às radiações eletromagnéticas das pessoas na sua atividade diária, quer quando estão a utilizar o telemóvel, quer quando não estão, quando estão em casa, nos transportes ou na rua", especificou Luís Correia. .O projeto europeu, chamado LEXNET, reúne 17 entidades de vários países, entre operadores, fabricantes de equipamentos e centros de investigação e universidades, de França, Espanha, Reino Unido ou Alemanha..Luís Correia referiu que o ponto de partida do trabalho, que decorre até 2015, são os sistemas que existem atualmente, como os telemóveis de segunda, terceira e quarta gerações, a internet sem fios e outros que contribuem para os níveis de radiação..Quanto à meta de redução em metade tem a ver com o facto de se estimar que "haja mais 50% de potências a radiarem dentro de 10 a 20 anos, devido ao aumento do número de tráfego".