"Esse é o desafio. A capitania, em colaboração com a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e a IRIS Inclusiva, está a desenvolver contactos no sentido replicar o projeto-piloto lançado na praia do Cabedelo, em Viana do Castelo, a todas as praias da região norte, ainda durante a presente época balnear", afirmou à Lusa Raúl Risso..O projeto passou pela "criação de um folheto, em braille, em português e inglês, de sensibilização para a segurança balnear e colocação de bandeiras com um código de cores específico para daltónicos", indicou..O capitão do Porto e comandante da Polícia Marítima (PM) de Viana do Castelo adiantou que "nas próximas semanas reunirá com as duas associações para, em conjunto com o Departamento Marítimo do Norte, ser preparada uma proposta a apresentar aos municípios, de forma a agilizar a implementação de medidas inclusivas para pessoas com necessidades especiais"..Raúl Risso acrescentou que "no concelho de Viana do Castelo a câmara municipal tem intenção de alargar a iniciativa pioneira lançada no passado dia 17, na praia do Cabedelo, às restantes zonas balneares do concelho".."A intenção é criar boas condições de segurança, mas também condições para acolher aqueles que precisam de ajuda diferenciada", frisou o capitão do porto de quem partiu a iniciativa de promover a inclusão das pessoas com necessidades educativas especiais..O responsável explicou que "este projeto surgiu do desafio lançado pela capitania do porto de Viana do Castelo, em articulação com a Câmara de Viana do Castelo, às duas associações de cegos que estão presentemente a funcionar no concelho"..Na praia do Cabedelo, onde foi lançado, são visíveis as bandeiras com um código de cores específico que permite aos daltónicos distinguir as diferentes bandeiras relativas ao estado do mar, foram concebidas pelo 'designer' gráfico Miguel Neiva, da "ColorAdd"..O 'designer' "estudou o código de cores dedicado aos daltónicos e que está, neste momento, presente nas mais variadas áreas, desde a saúde à educação".