"A AlgarOrange surge depois de um longo percurso. As empresas que a formam vieram, ao longo de dois ou três anos, a discutir a necessidade e as vantagens de fazer uma organização que pudesse potenciar os citrinos do Algarve", disse o presidente da organização, José Oliveira, à Lusa. .De acordo com o responsável, o objetivo é promover as características intrínsecas dos citrinos algarvios nos mercados interno e externo, através de ações de divulgação em feiras internacionais, mas também junto da hotelaria e dos turistas do Algarve. .Queremos fazer "ações [de promoção] junto do mercado do centro e norte da Europa, mas também ações com alcance nacional, junto da hotelaria do Algarve e no aeroporto de Faro, [ambas] vocacionadas para os estrangeiros que nos visitam", explicou. .Para isso, a organização candidatou-se ao programa Portugal 2020, esperando, a qualquer momento, o resultado. ."Sendo a associação formada pelos nove maiores operadores de citrinos do Algarve, tem todas as condições para que possa ser financiada", sublinhou. .A AlgarOrange pretende também aproveitar as potencialidades da Indicação Geográfica Protegida (IGP) associada aos citrinos para conseguir uma maior projeção no mercado externo, tendo como mercados prioritários França, Holanda, Dinamarca, Inglaterra e Canadá. ."Temos a noção de que é um caminho difícil de percorrer. A história deste setor, no Algarve, é de isolamento dos intervenientes. [Esta] é uma tentativa de reverter a situação, para que os intervenientes percebam que aos interesses de cada operador podem juntar-se os interesses coletivos, não imiscuindo nada na operação individual de cada um dos associados", afirmou José Oliveira. .Atualmente, a organização é formada pela Cacial, Frusoal, Frutalgoz, Frutas Tereso, Frutas Lurdes, Parafrutas, Frutas Marquinho, Frutas Machorro e Frutas Matinhos. .A primeira apresentação pública da AlgarOrange está marcada para sexta-feira, no âmbito da mostra Silves Capital da Laranja, no distrito de Faro. .De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre janeiro e novembro de 2018, as exportações de frutas portuguesas atingiram 625.036.052 euros, o equivalente a uma subida de 5% face a igual período do ano anterior.