Procuram-se homens, suíços, solteiros, católicos e saudáveis para proteger o Papa

Homens, suíços, solteiros que tenham entre 19 e 31 anos, pelo menos 1, 74 metros, que sejam católicos praticantes e gozem de boa saúde, além de terem uma "reputação impecável". É este o perfil que os candidatos à guarda responsável pela proteção do Papa têm de ter.

A Guarda Suíça Pontifícia, responsável pela proteção do Papa, anunciou que irá aumentar a sua força policial de 110 para 135 membros até ao Ano de 2025. Para facilitar a seleção, e de acordo com um comunicado divulgado, foi montado um local para o recrutamento. As inscrições estão abertas e serão contratados 25 candidatos. Além de alimentação e alojamento, num quartel comunitário fora dos portões do Vaticano, em Roma, os recrutas recebem um salário mensal de 1500 euros.

Em maio, quando recebeu os 36 novos recrutas que iam prestar juramento à Guarda Suíça, o Papa Francisco destacou o serviço que este corpo militar presta à Igreja Católica e às suas comunidades, definindo a sua missão como "uma tarefa fascinante".

Desde a sua fundação em 1506 - decisão do Papa Júlio II - que a missão de proteger o líder da Igreja Católica é uma honra exclusivamente masculina. No entanto há quem acredite que essa regra tem os dias contados. De acordo com autoridades do Vaticano, em 2026, vão começar a ser construídos os novos quartéis já com acomodações para mulheres.

Caberá ao Papa em exercício decidir se aceita ou não membros do sexo feminino na equipa que o protege. E as recentes nomeações de mulheres para altos cargos administrativos dão indicação favorável. Além disso, em março, Francisco apresentou uma nova constituição que permitirá que qualquer católico leigo batizado, incluindo mulheres, possa comandar a maioria dos departamentos da Santa Sé. A Guarda Suíça pode ser o próximo.