O chileno Alejandro Aravena, vencedor da edição deste ano do prémio Pritzker, o mais importante da arquitetura, assina o projeto do edifício que completa a sede da EDP, em Lisboa, na rua D. Luís. "Vamos fazer o que estava previsto no plano de pormenor", confirmou o presidente do conselho de administração da empresa ao DN.."Vamos ter 800 pessoas no edifício traseiro", detalha António Mexia, referindo-se ao projeto do chileno que fica nas traseiras do edifício-sede da EDP, assinado pelos arquitetos Aires Mateus e finalista da edição deste ano do prémio Mies van der Rohe. "Além disso, faz parte do programa, vai ter um hotel", acrescenta ao DN, à margem da conferência de imprensa de apresentação do prémio Fundação EDP Arte..A unidade hoteleira, que preserva um prédio, é assinada pelo arquiteto português Carrilho da Graça..O edifício com a marca de Alejandro Aravena, um arquiteto muito ligado às questões da habitação social e curador-geral da Bienal de Arquitetura de Veneza este ano, "deverá estar pronto em 2020". "No próximo ano já se vai começar a ver", garante o presidente da EDP, revelando que as primeiras linhas nasceram no mesmo dia em que foi convidado para o fazer. "Fomos almoçar à Bica do Sapato e ele começou a desenhar o projeto, tirei uma fotografia"..Dentro do quartel-general da EDP, várias intervenções foram também entregues a arquitetos estrangeiros: a cafetaria com desenho do britânico Jasper Morrison; ou os interiores do brasileiro Marcio Kogan, fundador do Studio mk27. "Deram uma visibilidade internacional, uma visão holística de uma companhia que já não é só eletricidade", declara..Obras a estrangeiros.Sobre a entrega de projetos a estrangeiros, como também aconteceu com o edifício do MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia), da autoria da britânica Amanda Levete, António Mexia afirma que intervêm "pondo no mesmo nível os melhores do mundo e os melhores de Portugal". As casas de máquinas das últimas barragens da elétrica, em Foz Tua e Baixo Sabor, "também foram feitas por dois Pritzker Prize", diz, mencionando os projetos de Souto Moura e Álvaro Siza..Vários edifícios da EDP têm sido alvo de intervenções de artistas, como Pedro Cabrita Reis, Pedro Calapez e João Louro. "Vamos ter o primeiro circuito de arte pública em Portugal", promete. "Vamos ter [Rui] Chafes, [José Pedro] Croft e [Fernanda] Fragateiro". "No caso da arte, da arquitetura e do design, Portugal tem uma quota de mercado maior do que a quota natural".