Caso Khashoggi: Príncipe saudita promete investigação rigorosa ao "crime hediondo" cometido

Mohammed bin Salman garante que o caso não irá afetar as relações entre a Arábia Saudita e a Turquia
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O príncipe saudita Mohammed bin Salman garantiu esta quarta-feira que o seu país irá fazer uma investigação rigorosa sobre a morte do jornalista Jamal Khashoggi por agentes de segurança sauditas em Istambul, na Turquia, há três semanas.

O monarca garantiu não ter qualquer responsabilidade no caso, considerando mesmo ter-se tratado de um "crime hediondo" que se tornou "doloroso para todo o povo saudita". Nesse sentido, acusou os críticos de usarem este acontecimento para colocar um obstáculo entre a Arábia Saudita e a Turquia, tendo por isso prometido que a relação entre os dois países não será afetada enquanto o seu pai for o rei e ele o príncipe.

"A cooperação entre os governos da Arábia Saudita e da Turquia é atualmente única e inequívoca, embora muita gente está a tentar usar este incidente doloroso para criar uma barreira entre a Arábia Saudita e a Turquia. A esses quero enviar uma mensagem: não conseguirão fazer isso enquanto houver um rei chamado Salman bin Abdul Aziz e um príncipe herdeiro chamado Mohammed bin Salman na Arábia Saudita e um presidente na Turquia chamado Erdogan", disse o monarca.

O assassinato de Jamal Khashoggi, que liderava uma fação de críticos ao príncipe, ofuscou uma conferência onde estiveram presentes mais de três mil empresários internacionais, que faz parte do projeto de Mohammed bin Salman em modernizar a economia da Arábia Saudita por forma a diversificá-la para além da exploração de petróleo.

Isto numa altura em que o príncipe, que na prática é quem governa o reino saudita, é suspeito de ter ordenado a operação contra o jornalista que o criticava frequentemente na sua coluna no jornal americano The Washington Post.

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