Principais desafios do Irão são agora internos

Economia sujeita a longo isolamento e em contração nos últimos anos pode ser afetada negativamente pelo fim de sanções.
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Sorrisos, apertos de mão e abraços calorosos aguardavam o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Javad Zarif, e restante delegação que negociou o acordo nuclear em Viena, ontem no seu regresso a Teerão, cidade que na véspera viera para as ruas ao ser conhecido o resultado das negociações na capital austríaca (ver artigo de opinião na pág. 13).

Mas o otimismo e entusiasmo que são reais no Irão escondem uma série de problemas com que o país e o presidente Hassan Rouhani vão ter de se defrontar a curto prazo, de natureza económica e política.

"Logo que o governo dos Estados Unidos dê o OK ao investimento no Irão, muitos novos investidores americanos e empresas que já estiveram cá, virão instalar-se aqui. Isso será bom para os negócios", pensa Hooman Masumi, de 36 anos, que dirige uma loja de telemóveis em Teerão. E com a vinda das empresas americanas, "vamos ter condições de dar aos clientes os produtos que eles querem", diz Masumi à NBC. O fenómeno, em si positivo, esconde um sério risco que é o da desestabilização da economia, sem resolver os problemas criados por décadas de sanções.

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