Primeiro-ministro de Itália demite-se

O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, demitiu-se hoje do cargo, segundo decisão oficial que acaba de ser noticiada pela AFP.
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A decisão surgiu depois de o Partido Democrata, a sua formação partidária, ter aprovado por larga maioria uma mudança no Governo. Tal mudança, "para abrir uma nova fase", fora proposta por Matteo Renzi, o atual líder do Partido Democrata. Foi aprovada, após um debate de várias horas, na reunião do partido, em Florença, com 136 votos a favor e 16 contra.

Renzi, eleito líder do partido a 8 de dezembro, defendeu hoje a formação "urgente" de "um novo Governo" e desafiou de forma direta Letta.

Na abertura de uma reunião da direção do partido, Renzi agradeceu a Letta o "notável trabalho" que realizou no último ano à frente do Governo, mas considerou "necessário e urgente abrir uma nova fase, com um novo Executivo apoiado pela atual maioria", formado em aliança do PD (centro-esquerda) com o centro-direita.

"Temos de abrir uma nova página. Não se trata de uma passagem de testemunho, trata-se de mudar de horizonte e de ritmo", disse, exortando a direção do partido a "assumir o risco da mudança".

Letta fora escolhido em abril de 2013 pelo Presidente, Giorgio Napolitano, para formar um Governo de coligação que pusesse fim ao impasse criado pela enorme fragmentação dos votos nas últimas eleições legislativas em Itália

Na sua intervenção de hoje, Renzi afastou a possibilidade de antecipar as eleições, afirmando que a realização de legislativas não permitiria "resolver os problemas do país".

Letta, ex "número dois" do partido, decidiu não participar na reunião de hoje para permitir à direção do PD decidir "com o máximo de serenidade", segundo uma carta à direção do partido.

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