Primeiro-ministro acaba com atribuição de títulos de damas e cavaleiros

Malcolm Turnbull, que faz campanha para que a Austrália deixe de ser monarquia constitucional, defende que condecorações "não são apropriadas"
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O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, anunciou hoje a eliminação do sistema de concessão de títulos de cavaleiros e damas no país, restabelecido em 2014 e que abalou a administração do seu antecessor, Tony Abbott.

Turnbull, que há anos faz campanha para que a Austrália deixe de ser uma monarquia constitucional para se converter numa república, disse que tais condecorações "não são apropriadas" ao "sistema moderno de louvores" do país.

O Gabinete australiano pediu à rainha Isabel II de Inglaterra, que é a chefe de estado da Austrália, que altere os documentos vinculados à Ordem da Austrália para que se deixem de outorgar os títulos de cavaleiros e damas.

A rainha aceitou esta recomendação, segundo um comunicado do gabinete de Turnbull, que destaca que as condecorações da Ordem da Austrália reconhecem os serviços dos cidadãos do país oceânico.

A 26 de janeiro deste ano, data em que é comemorado o Dia da Austrália, o então primeiro-ministro Tony Abott outorgou o título de cavaleiro ao príncipe Felipe, marido da rainha Isabel II, o que causou indignação entre a opinião pública.

A medida de Turnbull foi criticada pelo acérrimo defensor da monarquia, David Flint, que o acusou de querer "vingar" o fracasso do referendo de 1999, em que 54,87% rejeitou uma proposta para adotar o sistema republicano, segundo o diário Sydney Morning Herald.

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