Primeira-ministra australiana perde liderança partidária

Julia Gillard tinha dito que se perdesse, abandonava a política. A primeira-ministra conseguiu apenas 45 votos contra 57 de Kevin Rudd, que já tinha liderado o Partido Trabalhista entre 2006 e 2010.
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"Qualquer um que se apresente à votação de hoje à noite terá de aceitar as seguintes condições: se ganhas, diriges o trabalhismo; se perdes, retiras-te da política", disse Gillard à cadeia de televisão Sky News, numa altura em que não era ainda conhecida a candidatura de Kevin Rudd.

O ex-primeiro-ministro Kevin Rudd, que já anteriormente tinha tentado recuperar a liderança dos trabalhistas e da chefia do Governo australiano, anunciou a sua candidatura à última hora, explicando que esta responde ao pedido de "muitos e muitos deputados" para que lidere o partido.

A nova crise de liderança do Partido Trabalhista surgiu na última semana de sessões parlamentares antes das eleições gerais de 14 de setembro para as quais a oposição conservadora liderada por Tony Abbott parte em vantagem, segundo as sondagens.

Julia Gillard chegou à liderança dos trabalhistas após outra crise interna no partido, que obrigou Rudd, então primeiro-ministro, a apresentar a demissão a poucos meses das eleições gerais de há três anos.

Gillard tornou-se a 24 de junho de 2010 a primeira mulher a dirigir o executivo australiano e desde então tem enfrentado várias crises internas.

Em março, convocou uma votação no partido para consolidar a sua posição, tendo-se apresentado sozinha à votação.

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